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Cidade de SP fecha a semana com 12,3 mil mortes e 320,6 mil infectados pela Covid-19

Por Daniel Monteiro | 18/09/2020

De acordo com boletim diário publicado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo sobre a pandemia do novo coronavírus, nesta sexta-feira (18/9) a capital paulista registra um total de 12.300 vítimas da Covid-19.

Há, ainda, 320.677 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus e 387.122 casos suspeitos sob monitoramento das autoridades sanitárias da cidade. Além disso, até o momento, 423.572 pessoas receberam alta após passar pelos hospitais de campanha, da rede municipal, contratualizados e pela atenção básica do município.

Abaixo os dados detalhados desta sexta-feira:

Crédito: Prefeitura de SP

Em relação ao sistema de saúde pública paulistano, nesta sexta-feira a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 na Grande São Paulo é de 48,5%.

Na última quinta-feira (17/9), o isolamento social na cidade de São Paulo foi de 42%. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.

A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

MAIS SOBRE O CORONAVÍRUS

Foi anunciado nesta sexta-feira (18/9), pelo Governo de São Paulo, que o plano da retomada opcional de aulas presenciais escalonadas está mantido para o dia 7 de outubro para alunos do Ensino Médio e EJA (Educação de Jovens e Adultos) da rede estadual. Para isso, serão liberados mais de R$ 50 milhões para manutenção dos prédios escolares.

A data prevista de retorno para as escolas que atendem alunos do Ensino Fundamental foi alterada para o dia 3 de novembro. Tanto o calendário de retomada presencial como a realização de atividades de reforço nas escolas municipais, estaduais e privadas podem ou não ser autorizadas pelas prefeituras, que têm autonomia para decidir se vão ou não acompanhar o cronograma estadual. Os municípios podem adotar calendários mais restritivos, de acordo com dados epidemiológicos locais.

Segundo a administração estadual, a decisão de iniciar o retorno pelos alunos matriculados no ensino médio, EJA e nos CEEJA (Centros de Educação de Jovens e Adultos se deu pelo fato de que são esses são os ciclos de ensino que podem ser mais afetados pela evasão escolar, prejudicando os estudantes mais vulneráveis.

Para a volta às aulas, as unidades devem apresentar planos de retomada à Secretaria da Educação e às Diretorias Regionais de Ensino. Estudantes e profissionais com doenças crônicas ou fatores de risco devem permanecer em casa, cumprindo atividades remotas.

Além disso, as atividades opcionais de acolhimento e recuperação, autorizadas desde o dia 8 de setembro pelo Governo de São Paulo, podem ter continuidade desde que também autorizadas pelas prefeituras.

A reabertura deve respeitar limites máximos de alunos e protocolos sanitários. Nas redes privadas e municipais, a educação infantil e os anos iniciais do Ensino Fundamental podem ter até 35% dos alunos por dia em atividades presenciais. Para os anos finais dos ensinos Fundamental e Médio, o limite máximo é de 20%. Na rede estadual, só é permitido o atendimento de até 20% em todas as etapas.

Com o objetivo de garantir uma segurança da comunidade escolar na rede estadual, a Secretaria da Educação também vai distribuir 12 milhões de máscaras de tecido, 300 mil protetores faciais de acrílico, 10.168 termômetros a laser, 10 mil totens de álcool em gel, 221 mil litros de sabonete líquido, 78 milhões de copos descartáveis, 112 mil litros de álcool em gel e 100 milhões de unidades de papel toalha.

A CÂMARA DURANTE A PANDEMIA

Na última quinta-feira (17/9), o governo municipal apresentou as informações da quinta fase do inquérito epidemiológico nos adultos e da terceira pesquisa sorológica nas crianças e adolescentes. O estudo analítico traça o perfil das pessoas infectadas pelo novo coronavírus na capital paulista e direciona as ações para combater a doença.

O estudo da quinta fase do inquérito epidemiológico feito entre adultos com mais de 18 anos estima que 1,64 milhões de pessoas testaram positivo para Covid-19 na cidade de São Paulo. O índice de prevalência é de 13,9%.

A pesquisa traz um mapeamento da capital paulista por região. Nesta fase, a Coordenadoria Regional de Saúde da Zona Leste apresenta o maior índice de contaminação, com 19,6% dos casos. Em seguida aparecem a Zona Sul, com 15,1%, a Zona Norte, 12,1% Sudeste, 10,6%, e a Zona Centro-Oeste, 10,3%.

O quinto inquérito epidemiológico também destaca o perfil sócio-demográfico da população que teve contato com o vírus. De acordo com o estudo, a faixa etária de 18 a 34 anos representa 15,4% dos infectados. Sobre o nível de escolaridade, a maior porcentagem, 17,2%, é para quem tem o Ensino Fundamental. Pessoas da raça/cor preta/parda somam 17,4%. Para a população das classes D e E o índice é de 18,7%, sendo seis vezes mais do que as classes A e B (3,1%).

Outro ponto da pesquisa destaca que 19,8% da população diagnosticada com a Covid-19 moram com cinco ou mais pessoas no mesmo domicílio. O estudo também mostra que 15,9% não praticaram o distanciamento social e que 18,9% trabalham fora de casa.

Já a fase três do estudo epidemiológico realizado com crianças e adolescentes de 4 a 14 anos de idade na capital paulista traçou o perfil de estudantes das escolas públicas (redes municipal e estadual) e particulares na cidade de São Paulo. A pesquisa estima que 244.242 escolares já tiveram contato com o novo coronavírus. O índice de prevalência é de 16,5%.

Segundo o estudo, a prevalência na rede municipal é de 18,4%, na rede estadual 17,2% e na rede particular 9,7%. Nesta etapa, a faixa etária predominante para a Covid-19 no município de São Paulo é entre 4 e 5 anos, com 17,4%. A pesquisa também aponta que 66% das crianças são assintomáticas, ou seja, não apresentam sintomas.

Outro ponto do inquérito epidemiológico mostra que a prevalência da raça/cor preta/parda é de 17,6% e de branca 15,4%. Em relação ao perfil social, crianças e adolescentes das classes D e E representam 17,6% e das classes A e B 8,4%. O estudo mostrou ainda que 26,7% moram com pessoas maiores de 60 anos de idade na mesma casa. Sobre a adesão do distanciamento social, o resultado é elevado, com 98,8%.

Durante a apresentação das novas informações do novo coronavírus na capital paulista, a Prefeitura anunciou a retomada das aulas presenciais para alunos do ensino superior de instituições públicas e privadas em de 7 de outubro. Também a partir desta mesma data, foram autorizadas as atividades de reforço para os ensinos Infantil, Fundamental e Médio. Já a volta das aulas regulares será avaliada em novembro.

O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Eduardo Tuma (PSDB), representou o Legislativo paulistano na coletiva de imprensa.

AÇÕES E ATITUDES

Fruto de parceria entre o Metrô e o Núcleo Técnico e Científico de Humanização do Hospital das Clínicas da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), uma ação realizada na última quinta-feira (17/9) distribuiu gratuitamente máscaras para auxiliar na prevenção à Covid-19 para passageiros que passaram pela estação Clínicas, na linha 2-Verde.

Além da entrega, houve também orientação para o uso correto das máscaras através de um banner com ilustrações instrutivas. Uma equipe capacitada do Hospital das Clínicas esteve no local para ajudar, respeitando as orientações e parâmetros sanitários para evitar a aglomeração de pessoas.

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