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Com 1,2 mil óbitos em 24 horas, Brasil ultrapassa 110 mil vítimas da Covid-19

Por Daniel Monteiro | 19/08/2020

Segundo informações desta quarta-feira (19/8) disponibilizadas no painel do Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde) sobre a pandemia do novo coronavírus (causador da Covid-19) no Brasil, o país totaliza 111.100 vítimas fatais da Covid-19, sendo 1.212 óbitos registrados nas últimas 24 horas.

Também desde o início da pandemia, o Brasil soma 3.456.652 diagnósticos positivos para a doença. Nas últimas 24 horas, de acordo com contagem do órgão, houve a confirmação de 49.298 novos infectados pelo novo coronavírus.

O número é o mesmo divulgado no boletim diário do Ministério da Saúde desta quarta-feira: nas últimas 24 horas, segundo a pasta, foram 1.212 mortes e 49.298 diagnósticos confirmados do novo coronavírus, totalizando óbitos 111.100 e 3.456.652 casos da doença desde o início da quarentena.

Epicentro da pandemia no Brasil, o Estado de São Paulo registrou nesta quarta-feira (19/8) 276 óbitos causados pela Covid-19 em 24 horas – no mesmo período, houve 9.847 diagnósticos confirmados do novo coronavírus.

No total, são 27.591 vítimas fatais da doença, com 721.377 pessoas infectadas. Dos 645 municípios, houve pelo menos uma pessoa infectada em 644 cidades, sendo 509 com um ou mais óbitos.

Em relação à capacidade do sistema de saúde do Estado, a taxa de ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) voltados ao tratamento do novo coronavírus é de 57,2% no Estado e de 55,2% na Grande São Paulo.

Considerado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal medida de contenção da pandemia do novo coronavírus, o isolamento social no Estado de São Paulo na última terça-feira (18/8) foi de 44%, mesmo índice registrado na capital.

Os dados são Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

MAIS SOBRE O CORONAVÍRUS

Em coletiva nesta quarta-feira (19/8), o Governo do Estado autorizou que todas as atividades permitidas na fase amarela do Plano São Paulo possam funcionar por oito horas diárias em estabelecimentos comerciais e de serviço. Até então, eram permitidas seis horas diárias.

A medida passa a valer a partir da próxima sexta-feira (21/8) e é válida para todos os setores, como shoppings, comércio, serviço, salões de beleza e barbearia, restaurantes e similares, academias, convenções e atividades culturais. Os empresários poderão escolher se adotam uma jornada contínua ou fracionada, respeitando o limite de oito horas diárias.

O consumo local nos restaurantes e similares continua permitido apenas em ambientes arejados ou ao ar livre, com obrigatoriedade de assentos. Não será permitido que os clientes fiquem em pé, para evitar aglomerações.

A ocupação máxima deve ser de 40% da capacidade dos assentos e o fechamento precisa ocorrer até as 22h, com adoção dos protocolos geral e específicos para o setor. Funcionários e clientes deverão usar máscara em todos os ambientes, tirando-as apenas no momento da refeição.

Outra atualização do Plano São Paulo definiu um novo horário para atendimento presencial em restaurantes e similares na fase verde. Assim como na fase amarela (após 14 dias de permanência da região), os estabelecimentos poderão oferecer consumo local até as 22 horas também na fase quatro.

Além disso, também fica permitida, a partir de agora, a venda de ingressos de eventos culturais em bilheterias físicas, desde que respeitados os protocolos sanitários e de distanciamento social. As atividades culturais só estão permitidas a funcionar após 28 dias consecutivos da região na fase amarela. Com o público em pé, só serão permitidas após 28 dias consecutivos da região na fase verde.

Ainda na coletiva desta quarta-feira, o Governo do Estado confirmou que as 645 prefeituras de São Paulo terão autonomia para decidir se vão ou não acompanhar o cronograma previsto pela administração estadual para o retorno presencial às aulas nas redes pública e privada.

A previsão é que as escolas possam reabrir parcialmente a partir de 8 de setembro para aulas de recuperação, apenas alunos com mais dificuldade de aprendizado em atividades de reforço. A retomada efetiva, mas ainda gradual e restrita do calendário letivo, é prevista para 7 de outubro.

Contudo, os prefeitos podem criar calendários próprios e planos mais restritivos, com base nos dados epidemiológicos regionais. Se uma eventual decisão municipal diferir do calendário proposto pelo Estado, a medida local valerá para todas as escolas públicas e privadas daquela cidade.

A CÂMARA DURANTE A PANDEMIA

A Comissão de Educação, Cultura e Esportes da Câmara Municipal de São Paulo realizou, na tarde desta quarta-feira (19/8), sua 14ª reunião ordinária virtual em 2020. Novamente, a volta às aulas na capital durante a pandemia do novo coronavírus (causador da Covid-19) foi tema das discussões.

Convidado a se manifestar na abertura da reunião, o procurador do SinproSP (Sindicato dos Professores de São Paulo), Ailton Fernandes, criticou a possibilidade das escolas particulares entrarem com uma ação judicial para retomar as atividades presenciais na capital em 8 de setembro.

Também na reunião desta quarta-feira, os vereadores aprovaram requerimento em nome da Comissão pedindo informações às secretarias municipais de Esportes e Lazer e de Casa Civil sobre a situação dos CDCs (Clubes da Comunidade) durante a pandemia, prejudicados financeiramente pelas medidas adotadas no combate ao novo coronavírus.

Apesar de operarem em terrenos municipais, os CDCs têm administrações indiretas. A gestão dos 261 clubes de São Paulo é feita por entidades da comunidade local e, por conta disso, não recebem verba pública e a fonte de recursos para manutenção dos espaços vem das atividades promovidas pelas associações gestoras, com a locação de campos de futebol e escolinhas.

Com a pandemia, os espaços foram fechados para utilização pública e a obtenção de recursos ficou comprometida, prejudicando a gestão dos espaços e impossibilitando o pagamento de contas de água e luz dos locais.

AÇÕES E ATITUDES

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou a USP (Universidade de São Paulo) a iniciar a produção do ventilador emergencial Inspire, desenvolvido pela Poli (Escola Politécnica) da universidade.

A autorização excepcional para fabricação, comercialização e doação de equipamentos de suporte respiratório emergencial e transitório do tipo “ambu automatizado” foi concedida em ofício da agência do último dia 13 de agosto.

O equipamento é resultado de um projeto que começou em março, quando uma equipe multidisciplinar de pesquisadores da Poli decidiu desenvolver um ventilador pulmonar nacional, de baixo custo e de rápida produção para oferecer uma alternativa e suprir uma possível demanda emergencial do equipamento causada pela pandemia de Covid-19.

Com a autorização, os pesquisadores se preparam para iniciar a produção de mil ventiladores Inspire, em parceria com o Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo, que serão doados para as cidades brasileiras em que a demanda esteja mais alta. A definição dos critérios para a distribuição dos equipamentos está sendo feita em parceria com a Faculdade de Saúde Pública.

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