Com mais de 1,2 mil mortes em 24 horas, Brasil ultrapassa 98 mil vítimas da Covid-19
Segundo dados do painel do Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde), o Brasil registra nesta quinta-feira (06/8) 1.205 óbitos e 53.340 casos confirmados do novo coronavírus (causador da Covid-19) nas últimas 24 horas. Na contagem do Conselho, desde o início da pandemia o país teve 98.493 mortes e 2.912.212 infectados pela doença.
Em relação às últimas 24 horas, o boletim diário do Ministério da Saúde traz números diferentes: 1.237 óbitos e 53.139 novos casos confirmados do novo coronavírus. O total, entretanto, é o mesmo contabilizado pelo Conass:98.493 mortes e 2.912;212 infectados pela doença desde o início da pandemia no país.
Considerado epicentro da pandemia no Brasil, o Estado de São Paulo registrou, nesta quinta-feira (06/8), 24.448 vítimas da Covid-19, sendo 339 óbitos registrados nas últimas 24 horas.
Há, ainda, 598.670 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus – aumento de 13.405 novos diagnósticos entre quarta e quinta-feira. Dos 645 municípios, houve pelo menos uma pessoa infectada em 640 cidades, sendo 484 com um ou mais óbitos.
Em relação ao sistema de saúde público paulista, nesta quinta-feira a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 no Estado é de 59,7%. Na Grande São Paulo, o índice chega a 58,2%.
Na última quarta-feira (05/8), o isolamento social no Estado de São Paulo chegou a 42%, enquanto na capital o índice foi de 43%. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.
A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.
MAIS SOBRE O CORONAVÍRUS
Nesta quinta-feira (06/8), o Governo do Estado anunciou a distribuição, nesta semana, de mais 100 respiradores para 24 cidades do interior, litoral e Grande São Paulo, incluindo a Capital.
Com os novos equipamentos, será possível abrir novos leitos de UTI (Unidades de Terapia Intensiva) e, assim, garantir atendimento aos casos graves provocados pelo novo coronavírus.
Segundo o Governo do Estado, a distribuição dos ventiladores é técnica e feita para locais com maior demanda de internações por Covid-19 e estrutura para novos leitos, permitindo a ampliação da capacidade de atendimento da rede pública de saúde.
A CÂMARA DURANTE A PANDEMIA
Na noite da última quarta-feira, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou, em segunda e definitiva votação, o substitutivo do governo ao projeto de lei 452/2020, do Executivo, que define medidas para a organização das unidades educacionais. A proposta, que recebeu 32 votos favoráveis e 17 contrários, não define uma data para o retorno das aulas. O projeto segue agora para sanção do prefeito.
Entre as medidas previstas no texto do Executivo, o PL autoriza a Prefeitura a contratar vagas de ensino infantil para suprir a crescente demanda ocasionada pela crise. Também autoriza a contratação de professores emergenciais, amplia o ensino integral e autoriza a prefeitura a repassar recursos às famílias dos estudantes para a compra de material escolar e de uniformes a partir de 2021.
Durante a discussão do projeto, uma emenda do presidente da Câmara, vereador Eduardo Tuma (PSDB), foi acolhida no artigo 32 do substitutivo do governo. Ela prevê que enquanto durar o período de emergência ocasionado pela epidemia será facultativo, a critério dos pais ou responsáveis, o retorno dos seus filhos às aulas presenciais.
Segundo Tuma, não se trata de transferir a responsabilidade aos pais, mas, sim, dar proteção legal àqueles que decidirem manter os filhos no ensino remoto. De forma a resguardar os pais que optem por não mandarem seus filhos para a escola, foi incluído no projeto que a Educação deverá elaborar um plano para garantir que não haja prejuízos nos processos de ensino dos optantes pelo não retorno presencial.
AÇÕES E ATITUDES
Um novo método, desenvolvido por pesquisadores da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), permite visualizar o material genético do novo coronavírus dentro de células. Baseado na técnica conhecida como FISH (hibridização in situ por fluorescência), ele permite visualizar o vírus nas células em três dimensões e a marcação simultânea de outros componentes celulares.
Segundo os autores da pesquisa, os laboratórios geralmente usam técnicas que permitem verificar o aumento da carga viral em uma cultura de células ou tecidos infectados. No entanto, essas técnicas não comprovam que o vírus está dentro das células ou mesmo em que parte da célula ele se instalou, o que é muito importante na compreensão da doença.
O estudo é apoiado pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e faz parte da Força-Tarefa Covid-19 Unicamp, que une esforços de pesquisa, insumos e recursos para a compreensão e combate à doença.