Coronavírus: Conheça os testes para diagnóstico da doença
As coletas de material para comprovação da Covid-19 são feitas de formas simples pelos profissionais da área da saúde. São métodos como a raspagem, utilizando bastonetes, para retirar amostras da boca e nariz do paciente, feita de forma indolor. Já nos testes pelos anticorpos, são utilizadas pequenas quantidades de sangue, que em muitos casos, basta uma picadinha no dedo. De acordo com a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), os exames que detectam anticorpos produzidos pelo organismo do paciente, devem ser realizados, preferencialmente, a partir de 10 dias após o início dos sintomas.
Conheça os principais nas explicações abaixo:
RT-PCR
É o método mais tradicional. É feito em laboratório e o resultado demora cerca de um dia para ser disponibilizado. O RT-PCR tem alta taxa de acerto, mais de 90%, dependendo do estágio da doença e raramente dá falsos positivos ou negativos. A sigla, em inglês, significa “transcrição reversa seguida de reação em cadeia da polimerase”. Isso significa que o teste procura pelo material genético do vírus nas células do paciente.
Uma máquina então consegue “ler” a sequência genética, procurando por genes específicos do SARS-CoV-2 (qual gene, exatamente, depende do protocolo utilizado). Se esse gene for detectado, significa que sim, o vírus está presente naquele paciente, e o resultado é positivo. Se estiver ausente, o resultado é negativo.
SOROLOGIA
Existe outro tipo conhecido de testagem, os chamados testes de anticorpos, também chamados de sorologia. Quando uma pessoa é infectada pelo novo coronavírus, seu sistema imunológico geralmente começa a produzir anticorpos – substâncias capazes de se ligar ao patógeno e neutralizá-lo. Os anticorpos são específicos para cada invasor, tendo um formato único capaz de se ligar e neutralizar apenas aquele ser. Os testes de anticorpos buscam essas substâncias específicas nas amostras de sangue do paciente.
São dois tipos de metodologia: os que procuram o anticorpo do tipo IgM, que são os primeiros a serem produzidos por nosso corpo, e os do tipo IgG, que só ficam presentes no organismo depois que a infecção foi curada e a pessoa está agora protegida contra o vírus. Se eles forem encontrados, dá para saber que aquela pessoa tem ou teve o vírus, e que seu corpo reagiu a ele.
Os testes do tipo IgM funcionam melhor só depois de uma semana do começo dos sintomas, mais ou menos. Os do tipo IgC, duas semanas ou mais. E mesmo nesses períodos, os testes de anticorpo podem ter taxas de erro significativas.
TESTES RÁPIDOS
Os testes rápidos são bem novos, a maioria foi desenvolvida em plena pandemia. São utilizadas várias tecnologias diferentes. Alguns procuram pelo material genético do vírus, como uma versão mais simples do RT-PCR, outros tentam detectar as proteínas virais e alguns também seguem a lógica dos anticorpos, procurando pela nossa resposta imunológica.
Uma novidade utilizada nesses tipos de testagem rápida é a amplificação isotérmica de material genético. É bem parecida com a RT-PCR, seguindo a mesma lógica de ampliar o material genético do vírus. A diferença é que o processo, como diz o nome, é isotérmico, ou seja, não passa pelos diversos ciclos de variação temperatura da PCR. Ao invés disso, utiliza uma enzima chamada NEAR para rapidamente replicar o DNA viral em milhões de cópias em questão de dezenas de minutos – ou até menos.
Fonte: Portal Anvisa