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Covid-19: a importância de tomar a segunda dose da vacina 

Por Natalia do Vale | 21/05/2021

Desde o início da pandemia de Covid-19, cientistas ao redor mundo têm unido esforços na busca de vacinas que possam conter o novo coronavírus e evitar mais mortes.

Hoje, das vacinas contra a Covid-19 disponíveis, apenas a da Janssen é aplicada em dose única. As demais são aplicadas em duas doses, e isso acontece porque durante as fases iniciais dos testes desenvolvidos pelos laboratórios, ficou comprovado que a resposta clínica era melhor quando havia uma aplicação extra do imunizante.

No Brasil, a enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, foi a primeira pessoa a ser imunizada, em 17/01. De lá até o dia 20 de maio, segundo boletim diário divulgado pelo Ministério da Saúde, foram aplicadas mais de 37 milhões de primeiras doses de vacina e quase 18 milhões de brasileiros receberam também a segunda dose, ou seja, menos de 10% da população.

Imunização só é completa após o recebimento da segunda dose

Uma nota conjunta da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) e da Sociedade Brasileira de Virologia (SBV) alerta para a necessidade de se tomar a segunda dose. Segundo o documento, quando o indivíduo não completa o ciclo vacinal, ou seja, não toma as duas doses recomendadas, não tem a imunização esperada e fica mais propenso à infecção.

Além disso, ainda há uma série de dúvidas quanto os efeitos da vacina no que se refere à transmissão da doença. Estudos clínicos desenvolvidos em Israel e na Inglaterra sugerem que os imunizantes disponíveis hoje são capazes de evitar o desenvolvimento de casos graves da doença e os óbitos, mas, embora reduzam significativamente a transmissão, não são capazes de evitá-la.

No Brasil, diante das incertezas quanto à eficácia da vacina na redução da transmissão da doença, o Ministério da Saúde também reforça a necessidade de manter as medidas de prevenção mesmo após a vacinação.

Vacinas disponíveis no Brasil

Registros definitivos:  AstraZeneca e Pfizer

Aprovadas para uso emergencial: Coronavac e Janssen

Vale ressaltar que, embora já aprovada para uso emergencial, o Brasil ainda não dispõe de doses da vacina da Janssen. O cronograma proposto pela farmacêutica belga ao Ministério da Saúde prevê a disponibilidade de 16,9 milhões de doses entre julho e setembro e outros 21,1 milhões de doses entre outubro e dezembro de 2021.

Intervalo ideal

No Brasil, até o momento, existem três vacinas contra a Covid-19 disponíveis para imunizar a população. Cada fabricante recomenda um intervalo diferente da primeira para a segunda dose. A Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan, em São Paulo, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, é aplicada num intervalo de 21 a 28 dias.

A vacina da AstraZeneca, desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford e produzida pela Fiocruz, deve ter a segunda dose aplicada em intervalo maior, de três meses.

Já quanto à vacina da Pfizer/ BioNTech, o Brasil tem adotado um prazo diferente do recomendado pela fabricante. O intervalo sugerido pelo laboratório é de 21 dias, porém, o Ministério da Saúde informou, em nota técnica, que adotará o mesmo intervalo usado pelo Reino Unido, que ampliou o prazo com base em estudos que constataram que o imunizante confere um certo nível de proteção mesmo com apenas uma dose, podendo assim ser estendido o prazo para a segunda dose.

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