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Em 24 horas, Brasil registra 1,3 mil mortos e 47,3 mil novos casos de Covid-19

Por Daniel Monteiro | 18/08/2020

Segundo dados do painel do Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde), o Brasil registra nesta terça-feira (18/8) 1.352 mortes causadas pelo novo coronavírus (causador da Covid-19) nas últimas 24 horas, totalizando 109.888 vítimas fatais da doença. Na contagem do Conselho, entre segunda e terça-feira o país teve 47.784 novos casos confirmados, somando 3.407.354 infectados com o vírus.

Em relação às últimas 24 horas, o boletim diário do Ministério da Saúde traz os mesmos números: 1.352 óbitos e 47.784 novos casos confirmados do novo coronavírus, totalizando 109.888 mortes e 3.407.354 infectados pela doença desde o início da pandemia no país.

Considerado epicentro da pandemia no Brasil, o Estado de São Paulo registrou, nesta terça-feira (18/8), 27.315 vítimas da Covid-19, sendo 426 óbitos nas últimas 24 horas. Há, ainda, 711.530 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus – aumento de 8.865 diagnósticos entre segunda e terça-feira. Dos 645 municípios, houve pelo menos uma pessoa infectada em 643 cidades, sendo 508 com um ou mais óbitos.

Em relação ao sistema de saúde público paulista, nesta terça-feira a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 no Estado é de 57,4%. Na Grande São Paulo, o índice chega a 55,5%.

Na última segunda-feira (17/8), o isolamento social no Estado de São Paulo chegou a 43%, enquanto na capital paulista o índice foi de 44%. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.

A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

ATUAÇÃO DO MUNICÍPIO

Nesta terça-feira (18/8), a Prefeitura de São Paulo apresentou os resultados da Fase 1 do Inquérito Sorológico realizado com crianças e adolescentes, com idade entre 4 e 14 anos, da rede municipal de ensino.

O mapeamento apontou um índice de prevalência de 16,1% no público-alvo. Entre os alunos testados, 25,9% convivem em domicílios com a presença de pessoas com 60 anos ou mais.

O levantamento foi realizado utilizando a base de dados de 675.922 (com idade entre 4 e 14 anos) estudantes matriculados na Secretaria Municipal de Educação. Desse total, foram selecionados três extratos de estudo, totalizando seis mil estudantes por fase.

1 – Alunos do Ensino Infantil – EMEI- 4-6 anos (2.000)

2. Alunos do Fundamental I ( 1º ao 5º ano) – 6 a 10 anos (2.000)

3. Alunos do Fundamental II (6º ao 9º ano) – 11 a 14 anos (2.000)

As entrevistas e coletas desta primeira fase foram realizadas no período entre os dias 6 e 10 de agosto. A pesquisa apontou que 64,4% dos alunos que testaram positivo eram assintomáticos. Por outro lado, 35,6% sentiram os sintomas.

Já a prevalência do vírus segundo raça e cor segue similar aos estudos realizados com os adultos, com índices maiores (17,8%) em pessoas pretas e pardas. Entre as crianças e adolescentes testadas, 64,4% são pertencentes às classes D e E, e 27,8% a Classe C.

A pesquisa contará com outras etapas incluindo inquéritos com crianças da rede estadual e da rede privada de ensino, além das famílias.

A CÂMARA DURANTE A PANDEMIA

Nesta terça-feira (18/8), a Comissão de Educação Cultura e Esportes realizou a quinta reunião virtual do Comitê Emergencial de Crise da Educação de 2020. Além dos vereadores que compõem o colegiado, o grupo é formado por pais e alunos, profissionais da educação, sindicatos e representantes de diversas entidades representativas.

Na reunião desta terça-feira foram discutidas as medidas do Executivo para retorno às aulas presenciais após o período de isolamento social por causa da pandemia de Covid-19 e a regulamentação da Lei n° 17.437, de 12 de agosto de 2020, que define medidas para a organização das unidades educacionais. O PL (Projeto de Lei) 452/2020, que deu origem à lei, foi aprovado na Câmara Municipal de São Paulo no início deste mês.

AÇÕES E ATITUDES

A colchicina – medicamento usado há décadas no tratamento da gota – pode ajudar a combater a inflamação pulmonar e a acelerar a recuperação de pacientes com as formas moderada e grave da Covid-19, aponta um estudo clínico conduzido por pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) em Ribeirão Preto e apoiado pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).

De acordo com a pesquisa, voluntários tratados com o fármaco ficaram livres da suplementação de oxigênio, em média, três dias antes do que os pacientes que receberam apenas o protocolo terapêutico padrão do hospital. Além disso, puderam voltar para casa mais cedo.

A redução observada no tempo de recuperação dos doentes também pode representar uma economia significativa para a rede pública de saúde, além de permitir o atendimento de um número maior de pessoas em um mesmo período – cada dia de internação em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) pode custar entre R$ 5 mil e R$ 10 mil por paciente.

A suplementação com oxigênio, mesmo quando é feita fora da UTI, também é uma terapia cara. A colchicina, por outro lado, é um medicamento barato e com potencial de uso em larga escala. O tratamento completo custa cerca de R$ 30 por paciente, destaca o estudo.

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