Em 24h, Brasil registra 1,3 mil mortes e 39,4 mil casos de Covid-19
Segundo dados do painel do Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde), o Brasil registra nesta terça-feira (23/6) 1.374 óbitos e 39.436 casos confirmados do novo coronavírus (causador da Covid-19) nas últimas 24 horas. Na contagem do Conselho, desde o início da pandemia o país teve 52.645 mortes e 1.145.906 infectados pela doença.
O boletim diário do Ministério da Saúde traz os mesmos dados: 1.374 óbitos e 39.436 novos casos confirmados do novo coronavírus nas últimas 24 horas, totalizando 52.645 mortes e 1.145.906 infectados pela doença desde o início da pandemia no país.
Tido como epicentro da pandemia no Brasil, o Estado de São Paulo teve, nesta terça-feira (23/6), recorde de 434 óbitos registrados nas últimas 24 horas, totalizando 13.068 vítimas da Covid-19. Há, ainda, 229.475 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus – aumento de 7.502 novos diagnósticos entre segunda e terça-feira.
Em relação ao sistema de saúde público paulista, a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 no Estado é de 65,7%. Na Grande São Paulo, o índice chega a 68%.
Na última segunda-feira (22/6), o isolamento social no Estado de São Paulo chegou a 46%, enquanto na Capital o índice atingiu 47% dos habitantes. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.
A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.
MAIS SOBRE O CORONAVÍRUS
O Governo do Estado anunciou nesta terça-feira que vai distribuir mais 62 respiradores para hospitais localizados em 12 cidades do interior e da Grande São Paulo nos próximos dias. Os novos equipamentos permitirão a ampliação do número de leitos de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) para garantir atendimento a pacientes contaminados pelo novo coronavírus que estão em estado grave.
Do total, 17 respiradores serão enviados para Santas Casas localizadas na região de Marília e Bauru, 10 irão para a região de Sorocaba, outros 16 novos equipamentos serão destinados à região de Campinas, cinco ventiladores reforçarão a região de Piracicaba e 14 respiradores terão como destino a Grande São Paulo.
A distribuição dos equipamentos é baseada em critérios técnicos, com prioridade para locais onde há maior demanda por leitos para internações causadas pela Covid-19.
ATUAÇÃO DO MUNICÍPIO
Nesta terça-feira (23/6), a Prefeitura de São Paulo apresentou os primeiros dados do inquérito sorológico realizado com moradores da Capital sobre a pandemia do novo coronavírus.
De acordo com o mapeamento, 9,5% da população já pode ter sido infectada pela Covid-19 na cidade de São Paulo, o equivalente a 1,16 milhão de pessoas, número bem acima dos dados oficiais do município. A margem de erro do estudo é de 1,7%.
Para realização da pesquisa, foram sorteadas 12 pessoas no perímetro de cada uma das 472 UBS (Unidades Básicas de Saúde), numa base de dados de 3,3 milhões de domicílios. Os testes sorológicos, com grau de confiabilidade de 99%, foram realizados em 5.564 pessoas.
Segundo o secretário Edson Aparecido, o inquérito será feito em cinco fases. “Essa fase que estamos apresentando hoje é a fase zero. Teremos mais quatro fases a cada 15 dias com o mesmo número de pessoas sorteadas”, explicou.
Em relação à prevalência das infecções, a região Centro/Oeste concentra 10,7% dos casos, a região Leste soma 12,5%, a região Norte tem 8,4%, a Sudeste contabiliza 8,2% e a Sul registra 7,5% das ocorrências da Covid-19 na Capital.
AÇÕES E ATITUDES
Um estudo feito por cientistas apoiados pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, com auxílio do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), pretende desenvolver um sistema capaz de detectar a insuficiência respiratória (um dos principais sintomas da Covid-19) por meio da análise da fala do paciente.
Batizado de Spira – sigla de Sistema de Detecção Precoce de Insuficiência Respiratória por meio de Análise de Áudio – o projeto pretende usar a voz como um parâmetro para ajudar a identificar mais rapidamente pacientes com suspeita de infecção pelo novo coronavírus. O objetivo é que um diagnóstico inicial possa ser feito pela análise da fala da pessoa pelo telefone ou na frente da tela de um computador e agilizar seu encaminhamento para um hospital, para ser avaliada por uma equipe médica.
O sistema de detecção irá identificar padrões diferentes de fala definidos por programas baseados em inteligência artificial. Assim, o sistema poderá indicar se uma pessoa apresenta insuficiência respiratória pela quantidade de pausas, respirações e outros padrões presentes na voz ao proferir uma sentença, por exemplo.
Ao constatar que a pessoa apresenta insuficiência respiratória, o sistema emitirá um alerta para o profissional de saúde que está monitorando o paciente remotamente entrar em contato com ele ou com seu acompanhante para encaminhá-lo a um hospital.