Escolas da rede pública estadual oferecerão merenda a alunos vulneráveis a partir de 1º de fevereiro
No início da tarde desta quarta-feira (27/1), o Governo de São Paulo anunciou em coletiva que, a partir de 1º de fevereiro, as escolas estaduais oferecerão, diariamente, merenda a 770 mil alunos mais vulneráveis matriculados da rede pública paulista de ensino. O objetivo é garantir a segurança alimentar principalmente dessa parcela dos estudantes, que poderão se dirigir às suas respectivas escolas todos os dias para se alimentar.
A administração estadual já havia informado que as unidades escolares seriam reabertas em 1º de fevereiro para a retomada gradual das atividades presenciais, mas que, nos municípios que estivessem nas fases laranja e vermelha do Plano SP, a presença dos alunos não seria obrigatória.
Com a nova diretriz, as cinco mil escolas da rede pública estadual irão oferecer, diariamente, a merenda completa para cerca de 770 mil alunos regularmente matriculados e considerados mais vulneráveis, seguindo critérios já definidos pela Secretaria da Educação do Estado, mesmo que eles não estejam frequentando as aulas presenciais. A merenda completa também será fornecida aos estudantes que, respeitando o limite máximo de presença de 35% de alunos nas escolas, comparecerem presencialmente às aulas.
Para atender à demanda, haverá um sistema de revezamento no horário das refeições para evitar aglomerações e obedecer aos critérios sanitários de combate à pandemia do novo coronavírus. “Nesse planejamento da reabertura das escolas e das atividades presenciais, também fortalecer a segurança alimentar é uma das grandes preocupações que nós temos”, destacou o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares.
“Algo muito importante que os indicadores têm mostrado, constantemente, é que muitos estudantes das famílias mais pobres se alimentam diariamente apenas com a refeição servida na escola. Essa é uma realidade ainda dentro do nosso país. E uma em cada cinco famílias brasileiras têm restrições alimentares ou preocupação, inclusive, com a possibilidade de não ter dinheiro para pagar esta comida. E aí, para essas famílias, a alimentação dentro da escola é fundamental para essas crianças e jovens”, ressaltou o secretário.
Também participaram da coletiva o governador João Doria; o secretário estadual de Meio Ambiente. Marcos Penido; o secretário estadual de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi; o secretário-executivo de Saúde, Eduardo Ribeiro; Dimas Covas, diretor-presidente do Instituto Butantan; Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência do Covid-19; João Gabbardo, coordenador-executivo do Centro de Contingência do Covid-19, Regiane de Paula, coordenadora do Centro de Controle de Doenças do Estado; e Adalberto Bueno Netto, presidente do consórcio Parque Novo Rio Pinheiros.
ATUAÇÃO DO MUNICÍPIO
A Prefeitura de São Paulo informou que irá reunir especialistas de várias áreas para formar um grupo de conselheiros que vai acompanhar a retomada das aulas presenciais na capital, a partir de 15 de fevereiro, com 35% dos estudantes.
A adesão às atividades presenciais é facultativa aos estudantes, sendo que aqueles que as famílias optarem pelo ensino remoto deverão realizar as atividades, de caráter obrigatório, por meio da plataforma Google Classroom. Também será autorizada a entrega das atividades por outros meios, inclusive material impresso a ser retirado pelos responsáveis, conforme organização da escola.
Além de representantes da educação, o núcleo de conselheiros contará com pediatras, infectologistas e psicólogos, que irão debater e criar instrumentos de acolhimento aos pais, responsáveis e educadores.
Visando a retomada das atividades presenciais, a administração municipal fez investimentos, ao longo de 2020, na compra de equipamentos, reforma e manutenção das escolas, ampliação da banda larga, na compra e distribuição de 465 mil tablets, aquisição de livros didáticos e na entrega de cartões alimentação para 1 milhão de alunos.
Também foram adquiridos 760 mil kits de higiene (sabonete líquido, copo e nécessaire), 2,4 milhões de máscaras de tecido, 6,2 mil termômetros digitais e 75 mil protetores faciais que serão destinados a alunos e servidores. Ainda foi firmada uma parceria para realização de vistorias nas escolas municipais. Foi criado um check-list que será vistoriado por técnicos de saúde, que darão um parecer positivo ou não para a reabertura da unidade de ensino.
Ainda sobre a cidade de São Paulo, a Secretaria Municipal da Saúde informa que, até o dia 23 de janeiro, já aplicou a vacina Coronavac contra a Covid-19 em mais de 43,8 mil profissionais da saúde da linha de frente de combate ao novo coronavírus.
Além disso, na última segunda-feira (25/1), a capital também recebeu as primeiras doses da vacina de Oxford/AstraZeneca. A vacinação do público prioritário da campanha na cidade de São Paulo começou no dia 19 de janeiro.
Além dos profissionais da saúde, também receberam a primeira dose da Coronavac 11.320 idosos internados e funcionários de Instituições de Longa Permanência de Idosos, cerca de 400 pessoas com deficiência em residências inclusivas e 571 indígenas de aldeias nos limites do município. A vacinação dos públicos prioritários segue ininterrupta nos próximos dias.
Os números de vacinados com a Coronavac até o último sábado (23/1) equivalem a 31,7% do total de 1.800 indígenas vivendo em terras indígenas na capital e a 72% do total de 15.785 idosos em instituições de longa permanência da cidade. Do total de 729 dessas instituições, públicas, privadas e filantrópicas, já houve vacinação em 651 unidades (89%) até o dia 23 e todas continuarão a imunização nos próximos dias.
As cerca de 400 pessoas com deficiência atendidas permanentemente em Residências Inclusivas já vacinadas equivalem a praticamente a totalidade do público com essas características na cidade.
Para os hospitais da rede municipal, foram repassadas 18.883 doses da Coronavac nesta primeira etapa, para contemplar os profissionais que atuam na linha de frente de combate à Covid-19 (UTI, enfermaria e pronto-socorro para sintomáticos respiratórios). Até 23 de janeiro foram aplicadas 6.455 doses (34%) em funcionários destas categorias e a aplicação segue sendo feita. Os hospitais privados também mantêm a aplicação da vacina em seus funcionários, de acordo com os critérios estabelecidos pelo município. Os dados de vacinação também podem ser consultados no portal VaciVida, plataforma do Governo Estadual.
Os públicos que estão recebendo a primeira dose da vacina Coronavac devem receber a segunda dose do imunizante num prazo de 14 a 28 dias. Para isso, a capital aguarda o recebimento de um segundo lote de 203 mil doses da Coronavac nos próximos dias, para completar a imunização desses grupos.
MAIS SOBRE O CORONAVÍRUS
De acordo com boletim diário desta quarta-feira (27/1) publicado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo sobre a pandemia do novo coronavírus, a capital paulista totaliza 17.104 vítimas da Covid-19.
Há, ainda, 553.867 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus e 810.732 casos suspeitos sob monitoramento. Até o momento, 791.835 pessoas receberam alta após passar pelos hospitais de campanha, da rede municipal, contratualizados e pela atenção básica do município.
Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo nesta quarta.
Em relação ao sistema público de saúde, nesta quarta-feira a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 na Grande São Paulo é de 70,7%.
Já na última terça, o índice de isolamento social na cidade de São Paulo foi de 38%. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.
A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.