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Governo de SP mantém 90% do Estado na fase amarela e endurece critérios para progressão de fase

Por Da redação | 08/01/2021

Em coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (8/1), o Governo do Estado de São Paulo apresentou uma atualização do Plano São Paulo e anunciou critérios mais rígidos para progressão de fase dentro do plano, que flexibiliza e coordena as atividades econômicas dentro da pandemia da Covid-19.

Antes do anúncio dos novos parâmetros, o secretário estadual de saúde, Jean Gorinchteyn, trouxe os últimos dados sobre a doença no Estado. Na primeira semana epidemiológica, houve um aumento de 30% no número de casos. Em relação às internações diárias, no mesmo período, houve um incremento de 8,2% na média móvel.

Na Grande SP, a taxa de ocupação de UTIs estava em 65,5% até esta quinta-feira (7/1). Já na capital, a taxa de ocupação de UTI saltou de 61% na quarta para 65% na quinta. Na média, o aumento diário tem sido de um ponto percentual.

Diante destes números, o governo estadual realizou uma revisão dos critérios do plano de flexibilização, que estão mais rigorosos. Na nova atualização, 90% do Estado – o que inclui a capital paulista – segue na fase amarela. Já as regiões de Marília, Presidente Prudente, Registro e Sorocaba ficarão agora na fase laranja, a segunda mais restritiva, mas que agora está mais permissiva.

As restrições de atividades têm grandes mudanças nesta reclassificação, que passa a valer na próxima segunda (11). Academias, salões de beleza, restaurantes, cinemas, teatros e parques estaduais passam a poder funcionar na fase laranja. Todas as atividades liberadas podem funcionar por até oito horas diárias, e não mais apenas quatro, e a capacidade de público também sobe de 20% para 40%. Porém, todos os estabelecimentos devem encerrar o atendimento presencial às 20h. O consumo local em bares está totalmente proibido.

A fase amarela passará a permitir 40% de ocupação presencial para todas as atividades liberadas, incluindo parques estaduais, e expediente de até dez horas diárias. O atendimento presencial terá que ser encerrado às 22h em todos os setores. Nos bares, as portas devem fechar ao público mais cedo, às 20h. Atividades não essenciais que geram aglomeração, como festas, baladas e shows continuam proibidos.

Mudanças no Plano São Paulo

Na coletiva, o Governo do Estado também anunciou novos critérios de avaliação dos indicadores de internações, ocupação de leitos e mortes por Covid-19. Houve um endurecimento na possibilidade de progressão de qualquer região novamente para a fase verde, que libera a maioria das atividades não essenciais com menos restrições de horário e público. Cada região passa a precisar alcançar 30 internações por 100 mil habitantes e três mortes por cem mil habitantes nos últimos 14 dias, além de passar 28 dias seguidos na fase amarela antes de avançar.

Os critérios de saúde na fase laranja também ficam mais rigorosos. O limite máximo da taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para Covid-19 passa de 75% para 70% em cada região. Também há mudanças nos indicadores de variação para casos, mortes e internações, com parâmetros para todas as fases do Plano São Paulo. Se a ocupação de UTIs superar 80%, poderá haver recuo para a fase vermelha, com fechamento de atividades.

Confira neste link o material completo sobre a atualização e os novos critérios do Plano São Paulo.

MAIS SOBRE O CORONAVÍRUS

De acordo com boletim diário desta sexta-feira (8/1) publicado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo sobre a pandemia do novo coronavírus, a capital paulista totaliza 16.032 vítimas da Covid-19.

Há, ainda, 503.929 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus e 741.113 casos suspeitos sob monitoramento. Até o momento, 714.488 pessoas receberam alta após passar pelos hospitais de campanha, da rede municipal, contratualizados e pela atenção básica do município.

Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo nesta sexta.

Crédito: Prefeitura de SP

Em relação ao sistema público de saúde, nesta sexta-feira a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 na Grande São Paulo é de 66,1%.

Já na última quinta-feira, o índice de isolamento social na cidade de São Paulo foi de 41%. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.

A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

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