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Governo do Estado anuncia início da produção da vacina do Butantan contra o novo coronavírus

Em coletiva nesta quinta-feira (10/12), o Governo do Estado anunciou o início da produção em solo brasileiro da vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pelo Instituto Butantan, na capital paulista. A manipulação e o envase do imunizante também serão feitos em turnos sucessivos, sete dias por semana, para que a produção diária em São Paulo alcance a capacidade máxima de até um milhão de doses por dia.

A fábrica do Butantan ocupa área produtiva de 1.880 metros quadrados e conta atualmente com 245 profissionais. Outros 120 novos funcionários serão contratados para reforçar a produção da vacina contra o novo coronavírus.

O local dispõe de seis máquinas principais para envase do extrato composto da vacina, enviado pela biofarmacêutica Sinovac Life Science, além de rotulagem e embalagem do imunizante, desenvolvido em parceria internacional firmada com o Butantan.

Para produzir a vacina na capacidade máxima de um milhão de doses por dia, a fábrica do Instituto Butantan agora terá operação 24 horas, sete dias por semana. Até outubro, a unidade funcionava de segunda a sexta-feira, em dois turnos.

A capacidade de envase diário planejado para a vacina do Butantan contra o novo coronavírus é entre 600 mil a um milhão de doses. O primeiro lote terá aproximadamente 300 mil doses. Até janeiro, 40 milhões de doses da vacina deverão ser produzidos no local.

No mesmo complexo são envasados anualmente 80 milhões de doses da vacina contra a gripe, além de 13 tipos diferentes de soros que são usados na rede pública de saúde. A Coronavac tem composição semelhante a outros imunizantes produzidos pelo Butantan, o que facilita e agiliza o processo de envase.

O Butantan também prevê a construção de uma área nova para envase, com três linhas, para atendimento a produtos que exijam nível de Biossegurança 3, ou de contenção.

MAIS SOBRE O CORONAVÍRUS

De acordo com boletim diário desta quinta-feira (10/12) publicado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo sobre a pandemia do novo coronavírus, a capital paulista totaliza 14.857 vítimas da Covid-19.

Há, ainda, 443.695 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus e 635.430 casos suspeitos sob monitoramento. Até o momento, 630.951 pessoas receberam alta após passar pelos hospitais de campanha, da rede municipal, contratualizados e pela atenção básica do município.

Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo nesta quinta-feira.

Crédito: Prefeitura de SP

Em relação ao sistema público de saúde, nesta quinta-feira a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 na Grande São Paulo é de 64,3%.

Já na última quarta-feira (9/12), o índice de isolamento social na cidade de São Paulo foi de 38%. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.

A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

AÇÕES E ATITUDES

Desenvolvido por pesquisadores da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), em parceria com a Universidade Jaume I, da Espanha, e com a empresa brasileira de nanotecnologia Nanox, um tecido com propriedades antivirais é capaz de eliminar o agente causador da Covid-19.

O material é feito de micropartículas de sílica, impregnada com prata metálica, e elimina 99,9% do vírus novo coronavírus em dois minutos. O tecido já é usado para a fabricação de roupas, em particular, equipamentos de proteção individual destinados a profissionais de saúde.

Segundo os pesquisadores, o método que desenvolveu a tecnologia é totalmente novo na literatura e parte de um processo de oxidação. O vírus é oxidado, como elimina-se bactérias com água oxigenada. Logo, as máscaras produzidas com o produto são capazes de eliminar bactérias, fungos e vírus, inclusive o novo coronavírus.

Os tecidos fabricados com o uso das micropartículas têm durabilidade de dois anos, suportam pressão e altas temperaturas. A ação antiviral resiste de 30 a 35 lavagens e o custo de produção do tecido especial é 5% maior que o normal.

Além da UFSCar, da Universidade Jaume I e da Nanox, participaram da pesquisa cientistas da UNESP (Universidade Estadual Paulista) e do Instituto de Ciências Biomédicas da USP (Universidade de São Paulo).

*Para ouvir a versão podcast do boletim Coronavírus, clique aqui.

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