Hospital de Campanha do Ibirapuera encerrará atividades no dia 30 de setembro
Em coletiva nesta sexta-feira (25/9), o Governo do Estado anunciou que, no dia 30 de setembro, serão encerradas as atividades do Hospital de Campanha do Ibirapuera, após 5 meses de funcionamento. Ao longo do período, o hospital atendeu quase 3,2 mil pacientes.
A expectativa é que o último paciente do Hospital de Campanha do Ibirapuera tenha alta no próximo sábado (26/9). As equipes de saúde seguirão trabalhando na primeira etapa da desmobilização da unidade, com o recolhimento dos materiais e insumos hospitalares que requerem manejo dos profissionais especializados. A partir do dia 30, a infraestrutura começará a ser retirada, com conclusão prevista para a primeira quinzena de outubro.
Segundo a administração estadual, o encerramento das atividades está atrelado à redução nos índices da pandemia em todo Estado, principalmente na capital paulista. As estatísticas de novas internações registram queda há nove semanas consecutivas, com diminuição nas taxas de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e enfermaria na Grande São Paulo.
A unidade atendeu pacientes com Covid-19 de 106 cidades, especialmente das regiões da Grande São Paulo, Campinas e Piracicaba, para as quais o hospital de campanha foi estabelecido como referência com a finalidade de dar suporte à demanda local.
Os equipamentos instalados no hospital serão doados para entidades assistenciais e outras unidades de saúde, totalizando 268 colchões, 100 camas, 12 televisões, 74 vasos sanitários, 118 torneiras, 14 chuveiros, 62 cubas de porcelana, 53 pias e quatro tanques de aço inox.
Para operacionalização da unidade, foram investidos R$ 12 milhões na obra e custeio de R$ 10 milhões mensais. A área total é de 7,5 mil metros quadrados e ocupou o gramado e parte da pista de atletismo do Complexo do Ibirapuera.
MAIS SOBRE O CORONAVÍRUS
A testagem da Coronavac, vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, na capital paulista, será ampliada para mais quatro centros de pesquisa em Barretos (SP), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT) e Pelotas (RS).
Com isso, a quantidade de voluntários do estudo com o imunizante será ampliada de 9 para 13 mil pessoas. Os centros de pesquisa que fazem parte do estudo também passarão de 12 para 16, espalhados por sete estados brasileiros e o Distrito Federal.
O Instituto Butantan recebeu a aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para a inclusão de mais voluntários na terceira e última fase de estudos clínicos que estão testando a Coronavac no Brasil. A ampliação também foi aprovada pelo Conep (Conselho Nacional de Ética em Pesquisa).
O MUNICÍPIO
De acordo com boletim diário desta sexta-feira (25/9) publicado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo sobre a pandemia do novo coronavírus (causador da Covid-19), a capital paulista contabiliza um total de 12.540 vítimas da Covid-19.
Há, ainda, 328.277 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus e 401.036 casos suspeitos sob monitoramento. Até o momento, 437.155 pessoas receberam alta após passar pelos hospitais de campanha, da rede municipal, contratualizados e pela atenção básica do município.
Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo nesta sexta-feira.
Em relação ao sistema de saúde pública na Grande São Paulo, nesta sexta-feira a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 é de 45,3%.
Na última quinta-feira (24/9), o índice de isolamento social na cidade de São Paulo foi de 42%. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.
A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.
A CÂMARA DURANTE A PANDEMIA
Em reunião na tarde da última quinta-feira (24/9), a Comissão Extraordinária de Direitos Humanos e Cidadania debateu a saúde de pessoas em situação de rua durante a pandemia na cidade de São Paulo. A discussão aconteceu de forma virtual e teve transmissão, ao vivo, pelas plataformas digitais do Legislativo paulistano.
Segundo os parlamentares que compõem a Comissão, a população de rua está mais suscetível a ser contaminada pelo vírus causador da Covid-19 por vários fatores, como a falta de condições de higiene, além da dificuldade de acesso às informações da área da saúde na capital.
O último censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), realizado em 2019 e que levantou informações sobre a população de rua, constatou que existem 24.344 pessoas em vulnerabilidade em São Paulo, o que representa uma alta de 53% em relação ao censo anterior, de 2015. Deste total, metade da população vive em centros de acolhida e a outra metade são moradores de rua.