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Já disponível na capital, teste desenvolvido pela USP detecta Covid-19 pela saliva

Por Daniel Monteiro | 02/12/2020

Desde a última terça-feira (1/12), o CEGH-CEL (Centro de Pesquisa sobre o Genoma Humano e Células-Tronco) da USP (Universidade de São Paulo) disponibiliza um teste capaz de diagnosticar a Covid-19 pela saliva.

O exame poderá ser feito inicialmente por moradores da capital paulista ao custo de R$ 90 – para quem for à instituição para a coleta da amostra de saliva – ou de R$ 150 – para quem optar por fazer a autocoleta e enviar a amostra para análise por um serviço de retirada e entrega disponibilizado pelo centro.

Para solicitar o teste é preciso fazer um cadastro no link disponível no site do CEGH-CEL, um CEPID (Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão) no Instituto de Biociências da USP financiado pela FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo).

Inicialmente serão realizados no máximo 90 testes por dia, por ordem de cadastro, cujos resultados serão disponibilizados em até 24 horas. O método é uma alternativa ao exame de RT-PCR, considerado o padrão-ouro para detectar o novo coronavírus durante a fase aguda da infecção.

O exame é similar aos já desenvolvidos no Brasil e em outros países com o objetivo de aumentar a disponibilidade e a rapidez e diminuir os custos para realização de testes moleculares por meio de simplificações dos processos. Além disso, o teste está de acordo com as diretrizes determinadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Interessados em realizar o teste devem se cadastrar pelo site www.genomacovid19.ib.usp.br. No formulário será possível escolher entre fazer a coleta presencial no CEGH-CEL (situado na rua do Matão, travessa 13, no. 06, Cidade Universitária, Butantã) ou a autocoleta. As informações sobre a data e o horário disponíveis serão enviadas para o e-mail cadastrado.

MAIS SOBRE O CORONAVÍRUS

De acordo com boletim diário desta quarta-feira (2/12) publicado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo sobre a pandemia do novo coronavírus (causador da Covid-19), a capital paulista contabiliza um total de 14.517 vítimas da Covid-19.

Há, ainda, 415.882 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus e 605.339 casos suspeitos sob monitoramento. Até o momento, 624.388 pessoas receberam alta após passar pelos hospitais de campanha, da rede municipal, contratualizados e pela atenção básica do município.

Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo nesta quarta-feira.

Crédito: Prefeitura de SP

Em relação ao sistema público de saúde, nesta quarta-feira a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 na Grande São Paulo é de 60,1%.

Já na última terça-feira (1/12), o índice de isolamento social na cidade de São Paulo foi de 39%. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.

A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

ATUAÇÃO DO MUNICÍPIO

Com o auxílio da tecnologia, pacientes que estiverem com algum dos sintomas da Covid-19 como febre, tosse, dores no corpo, coriza, dor de garganta e dificuldade para respirar, podem receber orientações antes de irem a uma unidade de saúde através do aplicativo e-SaúdeSP, desenvolvido pela Prefeitura de São Paulo.

Disponível para dispositivos Android, IOS e em versão web, o aplicativo e-SaúdeSP dá ao munícipe acesso ao @covid, que faz o acolhimento de pacientes com suspeitas ou dúvidas sobre a doença. Nela, o usuário aponta seus sintomas e as respostas são analisadas por médicos e enfermeiros.

O cidadão recebe de volta mensagem sobre a sua situação de saúde e orientações permitindo, ainda, a realização de uma teleconsulta com profissional de saúde, se indicado. Para acessar os dados, basta fazer o cadastro e criar uma senha.

No caso de uma teleconsulta, o paciente será atendido remotamente por um médico ou enfermeiro e poderá receber orientações complementares, como uma receita médica (enviada diretamente pela plataforma) ou ser encaminhado a uma unidade de saúde para avaliação presencial. Neste caso, a central da Covid-19 monitora a trajetória da pessoa até a unidade.

*Para ouvir a versão podcast do boletim Coronavírus, clique aqui

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