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Pelo 2º dia seguido, média móvel de mortes em todo o território paulista cai a menos de 100 óbitos

Por Daniel Monteiro | 28/10/2020

Nesta quarta-feira (28/10), o Governo do Estado anunciou que a média móvel semanal de mortes provocadas pelo novo coronavírus em São Paulo caiu a menos de cem óbitos pelo segundo dia seguido.

Segundo as estatísticas oficiais, este é o patamar mais baixo registrado em todo o Estado desde o mês de abril. Os dados apontam que foi registrada uma queda de 23% nas mortes em relação aos últimos 15 dias e de 44% em comparação aos últimos 30 dias.

De acordo com as informações oficiais, a média móvel semanal de mortes por Covid-19 chegou a 91 casos nesta quarta. Uma semana antes, o mesmo índice havia ficado em 119 óbitos em decorrência do novo coronavírus nos 645 municípios paulistas.

Os dados oficiais apontam que as médias móveis semanais de mortes em São Paulo estão em queda desde a medição do dia 16 de setembro. Naquela data, o índice foi de 205, e depois sofreu sucessivas reduções por seis semanas até a média mais atualizada e abaixo de 100 mortes.

Em relação ao número de casos, a média móvel semanal em São Paulo vinha registrando quedas expressivas desde 16 de setembro, quando o índice chegou a 6.122. Depois, passou a 6.078 (23/9), 4.808 (30/9), 4.447 (7/10), 4.044 (14/10) e 4.029 (21/10). Nesta quarta-feira, porém, a taxa voltou a subir para 4.332, mas ainda abaixo ao verificado no início de outubro.

Mesmo com números apontando para o controle da pandemia em São Paulo, as autoridades estaduais de saúde reforçaram que a população precisa manter as normas de distanciamento social, higiene pessoal e uso obrigatório de máscaras em locais públicos.

MAIS SOBRE O CORONAVÍRUS

De acordo com boletim diário desta quarta-feira (28/10) publicado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo sobre a pandemia do novo coronavírus (causador da Covid-19), a capital paulista contabiliza um total de 13.491 vítimas da Covid-19.

Há, ainda, 361.066 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus e 483.975 casos suspeitos sob monitoramento. Até o momento, 511.644 pessoas receberam alta após passar pelos hospitais de campanha, da rede municipal, contratualizados e pela atenção básica do município.

Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo nesta quarta-feira.

Crédito: Prefeitura de SP

Em relação ao sistema público de saúde, nesta quarta-feira a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 na Grande São Paulo é de 40%.

Já na última terça-feira (27/10), o índice de isolamento social na cidade de São Paulo foi de 41%. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.

A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

A CÂMARA DURANTE A PANDEMIA

Na última terça-feira (27/10), os membros do Comitê Emergencial de crise na Educação, vinculado à Comissão de Educação, Cultura e Esportes, voltaram a manifestar preocupação com o retorno das aulas presenciais na rede pública do município, previsto para ocorrer a partir do dia 3 de novembro.

O comitê, que realizou sua 13ª reunião virtual, visa garantir o diálogo do Poder Legislativo municipal e do Executivo com os profissionais da educação, estudantes, fóruns, entidades representativas, Conselho Municipal e a Comissão de Educação da Câmara Municipal.

O decreto que regulamenta a retomada das atividades escolares foi publicado no último sábado (24/10). O documento determina que o retorno das aulas regulares presenciais a partir do dia 3 de novembro está autorizado somente para alunos do Ensino Médio.

Para estudantes dos ensinos Infantil e Fundamental, foi autorizada apenas a realização de atividades extracurriculares presenciais nas unidades de ensino. O decreto prevê que a opção pela volta das aulas será definida pelos conselhos de cada escola, enquanto a escolha pelo retorno dos alunos é facultativo, cabendo aos pais ou responsáveis a tomada da decisão.

Em relação aos profissionais da educação, o decreto estabelece que somente os docentes que já tiveram a doença retornarão para as escolas. A autorização para a retomada das atividades escolares presenciais é válida para as redes municipal, estadual e privada da capital paulista.

O Comitê também endossou quatro requerimentos apresentados na reunião da última terça-feira, que serão encaminhados para votação na Comissão de Educação. Os documentos solicitam uma série de informações à Secretaria Municipal de Educação relativas a todos os processos referentes à volta das aulas presenciais rede municipal de ensino.

AÇÕES E ATITUDES

Segundo pesquisa divulgada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) no início do mês de outubro, houve redução ou interrupção de tratamentos voltados à saúde mental em 93% dos países, apesar de o isolamento social provocado pela pandemia do novo coronavírus demonstrar que é preciso estar atento à saúde mental e seus impactos..

Por conta disso, uma parceria do IP-USP (Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo), na capital paulista, com o governo do Estado, busca ressaltar a importância e incentivar tratamentos na área com o oferecimento de cursos de qualificação a profissionais da saúde.

A oferta dos cursos é uma das ações do Programa Autoestima, lançado pelo governo em parceria com outras instituições como resposta à pandemia da Covid-19, com foco na promoção de saúde e de apoio psicossocial à população e de formação e qualificação de profissionais que atuam na Rede de Atenção Psicossocial do Estado de São Paulo do SUS (Sistema Único de Saúde)”.

Ao todo são oito cursos de aprimoramento que possuem como objetivo aperfeiçoar os atendimentos voltados à saúde mental realizados de maneira on-line durante a pandemia. Cada curso conta com 180 horas de duração, distribuídas ao longo de 18 semanas, com certificado emitido pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da USP.

Os cursos ocorrerão entre os dias 9 de novembro e 30 de março de 2021. Para participar é necessário atuar na Rede de Atenção Psicossocial do SUS, apresentar registro profissional e aceitar as exigências para realização do curso; se cadastrar no site do programa e realizar a inscrição. Ela pode ser realizada até o dia 30 de outubro. A lista de cursos oferecidos pode ser acessada neste link.

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