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Pesquisadores descobrem que o novo coronavírus pode ser transmitido pelo ar

Por Kamila Marinho | 19/05/2020

Para cientistas de todo o mundo que pesquisam o novo coronavírus, a transmissão da Covid-19 pelas vias aéreas pode ser a explicação para compreender o contágio avançado da Covid-19, já que pessoas assintomáticas seriam responsáveis por grande parte da propagação do vírus.

Em reportagem veiculada pelo Fox News, nos Estados Unidos, o diretor do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas, Anthony Fauci, conselheiro do presidente americano, Donald Trump, afirmou que “o vírus pode ser transmitido quando as pessoas estão apenas falando, além de quando tossem e espirram”. A afirmação do cientista foi baseada em resultados de estudos científicos que consideram que o vírus também é propagado quando o ar é expirado pelas pessoas.

PESQUISA BRASILEIRA

Noticiada no início do mês de maio, uma pesquisa comandada pelo professor Daniel Stariolo, do Departamento de Física da UFF (Universidade Federal Fluminense) analisou o tempo de permanência do coronavírus no ar em um ambiente fechado e descobriu que as micropartículas do vírus podem durar cerca de 15 horas, em suspensão no ar, antes de caírem sobre o chão ou alguma outra superfície.

Segundo o pesquisador, o resultado revela como uma pessoa contaminada, desprotegida, pode contaminar outras saudáveis que respiram no mesmo ambiente. O que reforça a importância de medidas, orientadas pela OMS (Organização Mundial da Saúde), de isolamento e distanciamento social, além do uso de máscaras. “As gotículas maiores emitidas por uma pessoa contaminada, embora caiam no chão rapidamente, podem chegar a uma distância horizontal na faixa de um a três metros do lugar onde um emissor espirrou ou tossiu, ” reforça o professor.

EXERCÍCIOS AO AR LIVRE

A prática de atividades ao ar livre, com distanciamento, de pelo o menos dois metros entre as pessoas, tem opiniões divergentes de médicos e especialistas. Enquanto alguns incentivam a prática de exercícios fora de casa, uma vez ao dia, outros orientam o contrário. Um estudo feito por pesquisadores da Bélgica e Holanda revelou que essa distância recomendada pela OMS pode não ser eficaz em pessoas em movimento. Uma simulação feita pelos cientistas demonstrou que, ao caminhar ou correr, é possível inalar e exalar gotículas contendo o vírus em um raio de dez metros. O trabalho foi divulgado pelas universidades responsáveis – a Universidade Católica de Leuven, na Bélgica, e a Universidade de Tecnologia de Eindhoven, na Holanda.

Fontes: Canal Fox News, OMS, Universidade Federal Fluminense, Universidade Católica de Leuven, Universidade de Tecnologia de Eindhoven, na Holanda.

 

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