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Vacinação de idosos de 69 a 71 anos é antecipada para 27 de março; idosos de 72 a 74 começam a ser vacinados hoje

Por Daniel Monteiro | 19/03/2021

O Governo do Estado vai antecipar para o dia 27 de março o início da vacinação contra o novo coronavírus em idosos de 69, 70 e 71 anos, que totalizam 910 mil pessoas. Inicialmente, essa faixa etária começaria a ser imunizada no dia 29 de março. O anúncio ocorreu no início da tarde desta sexta-feira (19/3), em coletiva no Palácio dos Bandeirantes.

Também foi informada a antecipação, para esta sexta-feira, do começo da vacinação de idosos com 72, 73 e 74 anos (730 mil pessoas). A aplicação da vacina para esse grupo estava prevista para a próxima segunda-feira, dia 22 de março.

Na coletiva, foi anunciado que o Instituto Butantan entregou nesta sexta-feira ao Ministério da Saúde um novo lote com dois milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus. O imunizante será distribuído a todo o país por meio do Plano Nacional de Imunização.

Com o novo lote, somente nesta semana, o Butantan forneceu 7,3 milhões de doses do imunizante. Até o final deste mês, ainda deverão ser entregues 11,5 milhões de doses, totalizando 22,7 milhões de doses no mês de março.

Operação descida

Como medida adicional de combate ao avanço da pandemia durante a fase emergencial do Plano SP, o Governo de São Paulo anunciou a suspensão, a partir desta sexta-feira, da operação descida do sistema Anchieta e Imigrantes. A medida é válida até o dia 30 de março e pode ser prorrogada.

Dessa forma, além de não implementar a operação de maior fluidez de trânsito nos finais de semana, as faixas dessas rodovias, que ficam disponíveis ao tráfego de veículos no sentido da baixada santista e das cidades do litoral, serão reduzidas.

A medida é fruto de uma articulação entre os prefeitos da Baixada Santista e a administração estadual. O objetivo é desestimular o aumento do fluxo de veículos rumo às praias nesta fase emergencial do Plano SP e reforçar a mensagem de que quarentena não é férias, conscientizando a população a ficar em casa.

Transporte Público

Na coletiva, o Governo do Estado destacou, ainda, uma queda de 62% na utilização do sistema de transporte metropolitano desde o início da fase emergencial do Plano SP. Antes da adoção das medidas mais rígidas, o movimento diário de passageiros que utilizavam o transporte público do Metrô, da CPTM e da EMTU, na região metropolitana de São Paulo, era de 10 milhões de pessoas. Agora, esse número está abaixo de 4 milhões de pessoas.

Apesar da queda, foi mantida a operação e funcionamento de 100% da frota de trens, evitando o excesso de passageiros e contribuindo para a adoção das medidas de distanciamento social no transporte público.

MAIS SOBRE O NOVO CORONAVÍRUS

Segundo dados mais recentes sobre a pandemia do novo coronavírus publicados pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, nesta sexta-feira (19/3) a capital paulista contabilizava 20.188 vítimas da Covid-19.

Havia, ainda, 683.458 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus. Até esta sexta, 981.444 pessoas haviam recebido alta após passar pelos hospitais de campanha, da rede municipal, contratualizados e pela atenção básica do município.

Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.

Crédito: Prefeitura de SP

Em relação ao sistema público de saúde na Grande São Paulo, a atualização mais recente destaca que, nesta sexta (19/3), a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 é de 91,6%.

Considerado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus, o isolamento social na cidade de São Paulo, na última quinta (18/3), foi de 43%.

Os dados são do Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

ATUAÇÃO DO MUNICÍPIO

Em cerimônia virtual realizada na última quinta-feira (18/3), a Prefeitura de São Paulo entregou equipamentos de reabilitação para os CERs (Centros Especializados em Reabilitação), da Secretaria Municipal da Saúde.

O objetivo da ação é ampliar as melhorias nos serviços de reabilitação para pessoas com sequelas da Covid-19 ou que necessitam de fisioterapia respiratória. Os equipamentos doados tornarão os tratamentos mais eficazes para todas as pessoas, incluindo pacientes com deficiência que necessitam de fisioterapia respiratória.

Ao todo, serão entregues 30 Manuvacuômetros Analógicos (para avaliação na força muscular, principalmente do pulmão); 200 Powers Breaths (treinador muscular inspiratório para imprimir resistência no exercício e com isso, realizar o fortalecimento da musculatura respiratória); 200 Osciladores Orais de Alta Frequência (para pacientes com acúmulo de secreção); 200 Peaks Flows (utilizados para medir o pico do fluxo expiratório – emitir o quão aberta estão as vias expiratórias, principalmente tosses) e 800 Exercitadores e Incentivadores Respiratórios (espirômetro de incentivo).

Também foram entregues 18 tablets para os CERs, que serão utilizados em consultas remotas e acompanhamentos dos pacientes por modo virtual, visando reforçar os trabalhos dos centros especializados para a demanda gerada pela pandemia.

AÇÕES E ATITUDES

Na última terça-feira, diante do atual cenário da pandemia, a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) divulgou mais uma edição do Boletim Extraordinário do Observatório Covid-19 Fiocruz. A análise chama atenção para os indicadores que apontam uma situação extremamente crítica em todo país. Na visão dos pesquisadores responsáveis pelo documento, trata-se do maior colapso sanitário e hospitalar da história do Brasil.

O Boletim mostra que, no momento, das 27 unidades federativas, 24 Estados e o Distrito Federal estão com taxas de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinadas a adultos com Covid-19 no SUS (Sistema Único de Saúde) iguais ou superiores a 80%, sendo 15 com taxas iguais ou superiores a 90%. Em relação às capitais, 25 das 27 estão com essas taxas iguais ou superiores a 80%, sendo 19 delas superiores a 90%.

Os dados são das secretarias estaduais de Saúde e do Distrito Federal, e das secretarias de Saúde das capitais. As novas informações apuradas foram adicionadas à série histórica já apresentada pelo Boletim. O mapeamento traz dados obtidos desde 17 de julho de 2020.

Os pesquisadores defendem que, a fim de evitar que o número de casos e mortes se alastre ainda mais pelo país, assim como para diminuir as taxas de ocupação de leitos, devem ser adotadas rigorosas ações de prevenção e controle, como o maior rigor nas medidas de restrição às atividades não essenciais. Eles enfatizam também a necessidade de ampliação das medidas de distanciamento físico e social, o uso de máscaras em larga escala e a aceleração da vacinação.

No Boletim, o município de Araraquara, em São Paulo, é apresentado como um dos exemplos atuais de como medidas de restrição de atividades não essenciais evitam o colapso ou o prolongamento da situação crítica nos serviços e sistemas de saúde. Com as medidas adotadas pelo município, Araraquara conseguiu reduzir a transmissão de casos e óbitos, protegendo a vida e saúde da população.

*Ouça abaixo a versão podcast do boletim Coronavírus

1ª edição

2ª edição

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