Prevenção contra o novo coronavírus

A prevenção contra a Covid-19 atingiu um novo nível no Brasil com o início da campanha de vacinação. Atualmente, há quatro vacinas contra o novo coronavírus aprovadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária): Coronavac, AstraZeneca, Pfizer e Janssen. A campanha é dividida em públicos-alvo definidos pelo PNI (Programa Nacional de Imunização) do Ministério da Saúde.

Além disso, outra recomendação contra a doença é a de lavar as mãos com água e sabão. Opte pelo álcool em gel apenas em locais onde não é possível fazer a higiene desta maneira. Acompanhe como deve ser feito o procedimento no infográfico abaixo. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o ideal é gastar de 40 a 60 segundos em todo o procedimento. Após enxaguar, se a torneira não for do tipo automática, use uma toalha de papel para fechá-la.

A EFICÁCIA DO ÁLCOOL EM GEL E OS RISCOS DA PRODUÇÃO CASEIRA

Por ser considerado antisséptico, o álcool em gel 70% também ajuda na prevenção contra a Covid-19 e é recomendado pelas autoridades de saúde. No entanto, no início da pandemia, surgiram inúmeras receitas caseiras circulando em grupos de WhatsApp, YouTube e redes sociais. Na ocasião, o Conselho Federal de Química emitiu um alerta sobre os riscos dessas versões improvisadas.

Quando se utiliza álcool líquido em elevadas concentrações, aumenta-se bastante o risco de acidentes que podem provocar incêndios, queimaduras de grau elevado e irritação da pele e mucosas. A venda de álcool líquido em concentrações superiores a 54°GL está, inclusive, desautorizada pela Anvisa desde 2013, conforme resolução RDC nº 46, de 20 de fevereiro de 2002, que considerou os riscos oferecidos à saúde pública decorrentes de acidentes por queimadura e ingestão. Para soluções com graduação acima de 54°GL, a norma permite a forma em gel.

Além disso, dependendo do que se utiliza como espessante, em vez de eliminar microrganismos pode-se potencializar sua proliferação.

Os produtos industrializados passam por rigoroso processo de produção, onde há padrões a serem seguidos. Todas as etapas são monitoradas e passam por controles que garantem a padronização, regularidade e qualidade dos produtos disponibilizados ao consumidor final. Já o álcool em gel fabricado a partir de receitas e métodos caseiros não passa por nenhum controle de qualidade, por isso sem garantia de eficácia.

Se não tiver álcool em gel disponível, higienize suas mãos com água e sabão. Uma vez que não estará fazendo uso do álcool em gel, é interessante aumentar a frequência de lavagens e também estar atento à hidratação da pele para evitar ressecamento.

Um alerta importante

Fique atento ao uso do produto principalmente em ambientes como a cozinha. Por conta da consistência, o álcool em gel demora a se dissipar nas mãos e é uma substância inflamável. O recomendado após a aplicação é esperar secar completamente e aguardar entre 15 a 20 minutos, para que seja mais seguro fazer atividades que envolvam qualquer fonte de calor.

Já na higienização de equipamentos eletrônicos, como o celular, o mais recomendado é o álcool isopropílico. Só é preciso ter cuidado com a quantidade de produto aplicada, não devendo molhar o equipamento e bastando aplicar com um pano/lenço/papel embebido no álcool.

JÁ OUVIR FALAR EM ETIQUETA RESPIRATÓRIA?

Desde cedo, todos nós aprendemos que ao tossir devemos proteger boca e nariz com as mãos. Porém, o modo mais adequado, principalmente em meio a pandemia da Covid-19 é cobrir a boca com um lenço de papel ao espirrar ou tossir, descartando o lenço usado no lixo.

Se não tiver um lenço à disposição, você deve tossir ou espirrar no antebraço e não em suas mãos, que são importantes veículos de contaminação. Agora, se você não estiver tossindo ou espirrando e estiver no mesmo ambiente que alguém com estes sintomas, procure ficar a uma distância de ao menos um metro.

DIFERENÇA ENTRE ISOLAMENTO SOCIAL, DISTANCIAMENTO SOCIAL E QUARENTENA

Isolamento social

O isolamento é a separação de indivíduos infectados dos não infectados durante o período de transmissibilidade da doença, quando é possível transmitir o patógeno em condições de infectar outra pessoa.

Distanciamento social

O distanciamento social é importante para reduzir as chances e a velocidade de transmissão quando há probabilidade de indivíduos estarem infectados mesmo que assintomáticos e sem diagnóstico da Covid-19. A distância física recomendada é de pelo menos 1 metro. Lembre-se que aglomerações representam um risco alto para disseminação do vírus.

Quarentena

A quarentena é uma medida preventiva recomendada para restringir a circulação de pessoas que foram expostas a uma doença contagiosa durante o período em que elas podem ficar doentes.

COVID NO AMBIENTE DOMICILIAR

CUIDADOS COM QUEM ESTÁ CONTAMINADO

O isolamento domiciliar é uma conduta prevista pelo Ministério da Saúde e que pode ser indicada pelo médico, a depender da condição clínica do paciente, para casos confirmados de Covid-19 que não precisam de internação imediata, e também para casos suspeitos.

Segundo recomendações do Guia de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, o isolamento domiciliar deve ser feito por 10 dias para casos leves a moderados da doença, quando não há mais febre e uso de medicamentos antitérmicos. Esse período pode ser reduzido para sete dias se o paciente estiver afebril, sem o uso de medicamentos antitérmicos há pelo menos 24 horas e com remissão dos sintomas respiratórios. Caso a pessoa tenha acesso à testagem, o isolamento respiratório domiciliar poderá ser suspenso no 5º dia completo do início dos sintomas, desde que permaneça afebril, sem o uso de medicamentos antitérmicos há pelo menos 24 horas e com remissão dos sintomas respiratórios e com resultado não detectado para RT-PCR ou não reagente para Teste Rápido de Antígeno (TR-Ag) realizado no 5º dia completo do início dos sintomas.

Veja abaixo o quadro de recomendações do guia:

Medidas para isolamento seguro:

  • Permanecer em quarto isolado e bem ventilado. Caso não seja possível isolar em um quarto único, manter pelo menos 1 metro de distância do paciente;
  • dormir em cama separada;
  • limitar a movimentação do paciente pela casa;
  • locais com compartilhamento, como cozinha e banheiro, devem estar bem ventilados;
  • utilização de máscara cirúrgica todo o tempo. Caso o paciente não tolere ficar por muito tempo, realizar medidas de higiene respiratória com mais frequência;
  • trocar máscara cirúrgica sempre que esta estiver úmida ou danificada;
  • em idas ao banheiro ou outro ambiente, o doente deve usar obrigatoriamente máscara;
  • realizar higiene frequente das mãos, com água e sabão ou álcool em gel, especialmente antes de comer ou cozinhar e após ir ao banheiro;
  • sem visitas ao doente;
  • o paciente só poderá sair de casa em casos de emergência, sempre com máscara e evitar multidões, preferindo transportes individuais ou a pé, sempre que possível.

Precauções para o cuidador:

  • o cuidador deve utilizar uma máscara (descartável) quando estiver perto do paciente. Caso a máscara fique úmida ou com secreções, deve ser trocada imediatamente;
  • nunca tocar ou mexer na máscara enquanto estiver perto do paciente. Após retirar a máscara, o cuidador deve lavar as mãos;
  • deve ser realizada higiene das mãos toda vez que elas parecerem sujas, antes/depois do contato com o paciente, antes/depois de ir ao banheiro, antes/depois de cozinhar e comer ou toda vez que julgar necessário;
  • pode ser utilizado álcool em gel quando as mãos estiverem secas e água e sabão quando as mãos parecerem oleosas ou sujas;
  • toda vez que lavar as mãos com água e sabão, dar preferência ao papel-toalha. Caso não seja possível, utilizar toalha de tecido e trocá-la toda vez que ficar úmida;
  • caso alguém do domicílio apresente sintomas, iniciar com os mesmos cuidados de precaução para pacientes.

Precauções gerais para isolamento domiciliar:

  • Toda vez que lavar as mãos com água e sabão, dê preferência ao papel-toalha. Caso não seja possível, utilizar toalha de tecido e trocá-la toda vez que ficar úmida. Todos os moradores da casa devem cobrir a boca e o nariz quando forem tossir ou espirrar, seja com as mãos ou máscaras;
  • lave as mãos e jogue as máscaras após o uso;
  • evite o contato com as secreções do paciente;
  • quando for descartar o lixo do paciente, utilize luvas descartáveis;
  • limpe frequentemente (mais de uma vez por dia) as superfícies que são frequentemente tocadas com solução contendo alvejante. Faça o mesmo para banheiros e toaletes;
  • lave roupas pessoais, roupas de cama e roupas de banho do paciente com sabão comum e água entre 60-90ºC, deixe secar.

 

Fontes:
OMS – Organização Mundial da Saúde
Ministério da Saúde
Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária
CFQ – Conselho Federal de Química