- Título: Agenda-setting e agenda institucional: um estudo da campanha eleitoral de 2004 na cidade de São Paulo
- Autora: Andrea Reis
- Orientadora: Vera Lucia Michalany Chaia
- Instituição: PUC-SP (Doutorado)
- Disciplina: Ciências Sociais
- Link: Tese Completa
A campanha eleitoral para a prefeitura de São Paulo, em 2004, teve importância histórica, pois foi a primeira, depois da redemocratização, com um candidato à reeleição. Sabendo-se do grande poder político e econômico que o município de São Paulo possui, apresenta-se a seguinte questão: quando a construção de um cenário de representação da política (CR-P) juntamente com a retórica da continuidade, discurso muito freqüente durante uma campanha de reeleição, garantem um triunfo eleitoral? A disputa eleitoral de 2004 permitiu que a tradicional rivalidade entre o petismo e o malufismo das décadas passadas fosse substituída pelo embate entre o PT e o PSDB. A disputa, que antes era personalista e agora está partidarizada, poderia ser a conseqüência de uma maior conscientização política do eleitorado paulistano? Para entendermos a derrota de uma administração que estava sendo bem avaliada no final de sua gestão, percebemos que deveríamos analisar, além do CR-P, o comportamento eleitoral do paulistano, qual era a agenda interpessoal do eleitorado em 2004, a agendasetting da mídia televisiva durante o ano eleitoral e também a agenda institucional dos dois principais candidatos, para verificarmos o que justificaria a derrota de Marta Suplicy. A mídia pode alertar e informar o eleitor sobre a viabilidade dos candidatos e também veicular mensagens que influenciem a opinião pública durante a campanha. Os meios de comunicação fornecem perspectivas, modelam as imagens dos candidatos, assim como do partido, ajudam a promover os temas de campanha e diferem a atmosfera específica e a área de relevância e de atividade de cada competição eleitoral. A construção do CR-P será acompanhada até o final oficial da campanha eleitoral de 2004. Serão verificados quais foram os elementos constitutivos preponderantes na agenda institucional e na agenda da mídia.