Amadeu Amaral, 1960
Nascido em Capivari em 6 de novembro de 1875, Amadeu Ataliba Arruda Amaral Leite Penteado foi ensaísta, linguista, poeta, professor e jornalista. Mudou-se para São Paulo aos onze anos para trabalhar e estudar, mas não concluiu o curso secundário, sendo autodidata. Seu primeiro livro de poesias, Urzes, foi publicado em 1889. Erudito, trabalhou nos jornais Correio Paulistano e O Estado de S. Paulo até 1922, quando mudou-se para o Rio de Janeiro. De lá, passou a atuar na Gazeta de Notícias, mantendo o vínculo por meio das crônicas Bilhetes do Rio que enviava para O Estado de S. Paulo. Foi sócio-fundador da Academia Paulista de Letras e ocupou a cadeira 33. Já em 1919 ingressou na Academia Brasileira de Letras no lugar deixado pelo poeta Olavo Bilac, na cadeira número 15. Amadeu se dedicou a estudar temas folclóricos e obteve destaque na área da dialetologia, sendo o primeiro a estudar cientificamente o tema. Publicou o livro Dialetos em 1920, no qual analisou o linguajar do paulista caipira do Vale do Paraíba. Morreu em 24 de outubro de 1929, aos 53 anos. A Sala de Imprensa da Câmara Municipal São Paulo foi batizada com o nome do jornalista.
O autor do quadro é Joaquim da Rocha Ferreira.
