Fábio da Silva Prado, 1935
Sobrinho do primeiro prefeito de São Paulo, Antônio da Silva Prado, Fábio da Silva Prado (1887-1963) seguiu os passos do tio e foi prefeito da capital paulista entre 1934 e 1938. Engenheiro pela Universidade de Liège (Bélgica), adotou em sua gestão o plano de urbanização criado por seu antecessor na prefeitura, Prestes Maia, e iniciou a construção de projetos como as avenidas Nove de Julho e Rebouças, um novo Viaduto do Chá e o Estádio do Pacaembu. Criou o Departamento (atual Secretaria) de Cultura, entregue ao escritor Mário de Andrade. Um casarão de 8 000 metros quadrados na Avenida Faria Lima, onde Fábio viveu por 18 anos com a mulher, Renata Crespi Prado, tornou-se a sede do Museu da Casa Brasileira.
Um dos artistas mais prestigiados do Brasil, Candido Portinari (1903-1962) deixou a cidade natal de Brodowski (SP) aos 15 anos e mudou-se para o Rio de Janeiro, onde matriculou-se na Escola Nacional de Belas Artes (Enba). Em 1929, viajou para a Europa com o prêmio de viagem ao exterior. Em 1935, recebeu o prêmio do Carnegie Institute de Pittsburgh pela pintura “Café”, tornando-se o primeiro modernista brasileiro premiado no exterior. Em 1956, com a inauguração dos painéis Guerra e Paz na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, recebeu o prêmio Guggenheim. Intoxicado pelas tintas que utilizava, morreu no Rio aos 58 anos.