Mal. Floriano Peixoto, 1902
Conhecido como “Marechal de Ferro”, “A Esfinge” e “Consolidador da República”, Floriano Peixoto foi o segundo presidente da República brasileira. Nascido em 1839, em Maceió (AL), lutou na guerra do Paraguai. Após a proclamação da República, foi eleito vice-presidente do governo Marechal Deodoro. Com a renúncia de Deodoro, assumiu a presidência em 1891. Durante seu governo, reprimiu com violência as revoltas Federalista, iniciada no sul do país, e da Armada (Marinha), no Rio de Janeiro. A capital de Santa Catarina, antes chamada Desterro, foi batizada de Florianópolis em sua homenagem, como um gesto de humilhação aos derrotados da Revolta Federalista. Floriano tornou-se uma das primeiras lideranças políticas brasileiras a virar objeto de culto, por militares e civis nacionalistas que se denominavam “jacobinos” ou “florianistas”. Deixou o governo em 1894 e morreu no ano seguinte, em Barra Mansa (RJ).
O autor do quadro é Jonas de Barros
Paulista de Itu, já expunha em 1895. Em 1901 mostrou um quadro, Rinha de Galos, na casa Garraux e no ano seguinte veio com trinta trabalhos para a Galeria Castelões. Em paisagens, cenas de costume e retrato. Foi secretário na Exposição de Belas-artes e Artes Industriais em 1902. Algum tempo depois expôs os retratos de Prudente de Morais e de Jorge Tibiriçá (1904). Apareceu de novo em 1907, numa exposição na Rua José Bonifácio. Em 1908 colocou na Casa Garraux o esboço de um grande quadro que representava a Convenção de Itu. Quis, mostrando-o, provar que podia fazer uma tela histórica e que merecia auxílio para poder executá-la. Nesse ano recebeu a Medalha de Ouro na ENBA. Tomou parte na Exposição Brasileira de Belas-artes em 1911, com retrato e mais O Sapateiro remendão.
Fontes: Livro Um Jeca nos Vernissages, de Tadeu Chiarelli (Editora da Universidade de São Paulo, 1995); Site Antigo e Moderno