Prêmio Herbert de Souza
Entregue em agosto, o prêmio busca reconhecer e valorizar organizações da sociedade civil sem fins lucrativos que desenvolvem atividades, programas e projetos de enfrentamento da fome, exclusão, miséria e violência e outras práticas de luta pela cidadania.
Os critérios para a premiação avaliam programas, projetos e atividades que levam em conta quatro critérios: estímulos à organização e à participação da comunidade ou de segmentos sociais, efeitos multiplicadores, exercícios de soluções inovadoras e criativas e resultados alcançados na melhoria da qualidade de vida.
A comissão julgadora é formada por representantes das seguintes entidades: Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) − Comissão de Direitos Humanos, Associação Brasileira de Organizações Não-Governamentais (Abong), Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida, Associação Juízes para a Democracia (AJD) e Banco de Alimentos Associação Civil.
Foi criado em 1997, pela Resolução 36/1997, a partir de projeto de José Eduardo Cardozo, e regulamentado, dois anos depois, pelo Ato 650/1999.
A ideia por trás do prêmio era tanto homenagear como garantir a continuidade do trabalho do sociólogo Herbert de Souza (1935-1997). Militante de esquerda perseguido pela ditadura militar, Betinho exilou-se do Brasil em 1971. Com a anistia, voltou ao País em 1979. A partir de 1993, liderou uma campanha nacional contra a fome, ficando conhecido internacionalmente e se tornando sinônimo de solidariedade.
No texto do Ato que regulamentou o prêmio, consta o seguinte trecho, num estilo incomum para as normas legais: “Certa vez, Betinho comentou que o brasileiro era muito resignado diante das dificuldades. O Prêmio Herbert de Souza prova que os ensinamentos do sociólogo foram aprendidos e continuam a ser aplicados, sem resignações”.