Prudente de Moraes, 1903
Primeiro presidente civil do Brasil, Prudente José de Moraes Barros nasceu em Itu (SP) em 4 de outubro de 1841. Começou a carreira política sendo vereador e presidente da Câmara Municipal de Piracicaba (1865-1868).
Após integrar a junta governativa de São Paulo, instituída com a proclamação da República, assumiu o governo do Estado (1889-1890). Como senador por São Paulo exerceu a presidência da Assembleia Nacional Constituinte (1890-1891) e a vice-presidência do Senado (1891). Disputou, nesse mesmo ano, a presidência da República com Deodoro da Fonseca, perdendo a eleição indireta por uma pequena margem de votos. Tornou-se presidente do Senado até 1894.
O mandato de Prudente de Moraes na Presidência (1894-1898) marcou o começo da representação dos interesses das oligarquias agrícolas e paulistas, sobretudo as do café.
Em 1898, houve o conflito em Canudos, no interior da Bahia, motivado pela questão do corte da madeira e liderado por Antônio Vicente Mendes Maciel, o Antônio Conselheiro, que, pregando uma vida ascética, havia atraído ao seu redor uma comunidade de 30 mil sertanejos. A revolta foi vista como uma reação monárquica, apesar de seu caráter messiânico e regional. A derrota das tropas baianas levou o presidente do Estado a solicitar o envio de tropas federais, que também foram vencidas. O fracasso de duas expedições e as mortes de seus comandantes federais gerou uma onda de protestos e de violência na cidade do Rio de Janeiro.
Só com a devastação do arraial de Canudos, em agosto de 1897, por uma expedição militar federal deu-se fim à crise político-institucional, com o restabelecimento da ordem republicana.
Faleceu na cidade de Piracicaba, estado de São Paulo, em 13 de dezembro de 1902.
O autor do quadro é Jonas de Barros
Paulista de Itu, já expunha em 1895. Em 1901 mostrou um quadro, Rinha de Galos, na casa Garraux e no ano seguinte veio com trinta trabalhos para a Galeria Castelões. Em paisagens, cenas de costume e retrato. Foi secretário na Exposição de Belas-artes e Artes Industriais em 1902. Algum tempo depois expôs os retratos de Prudente de Morais e de Jorge Tibiriçá (1904). Apareceu de novo em 1907, numa exposição na Rua José Bonifácio. Em 1908 colocou na Casa Garraux o esboço de um grande quadro que representava a Convenção de Itu. Quis, mostrando-o, provar que podia fazer uma tela histórica e que merecia auxílio para poder executá-la. Nesse ano recebeu a Medalha de Ouro na ENBA. Tomou parte na Exposição Brasileira de Belas-artes em 1911, com retrato e mais O Sapateiro remendão.
Fonte: eBiografia