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Subcomissão de Cultura promove audiência pública em Ermelino Matarazzo para ouvir demanda local

Por: MARCO CALEJO - HOME OFFICE

22 de setembro de 2022 - 22:27

Dando continuidade ao trabalho de percorrer regiões periféricas da capital paulista, a Subcomissão de Cultura da Câmara Municipal de São Paulo, que é vinculada à Comissão de Finanças e Orçamento, foi até a zona leste da cidade na noite desta quinta-feira (22/9) para discutir com a comunidade artística local o tema “Território Leste – Formas de Gestão Comunitária de Espaços e Equipamentos Culturais”.

A Audiência Pública foi coordenada pela presidente da Subcomissão, a vereadora Elaine do Quilombo Periférico (PSOL). O debate aconteceu na Ocupação Cultural Mateus Santos, que fica no bairro Ermelino Matarazzo. “A Ocupação Ermelino Matarazzo é uma das ocupações culturais mais importantes que nós temos hoje da cidade de São Paulo, junto com diversas outras ocupações. É uma ocupação que tem uma experiência riquíssima aqui no território, que abriga diversos coletivos, artistas e técnicos”.

Elaine também ressaltou algumas considerações recorrentes feitas nas últimas audiências. Entre os pontos tratados nas discussões, a vereadora destacou que “em todas as Audiências Públicas a gente percebe um sentimento de desrespeito. As pessoas se sentem extremamente desrespeitadas pela administração pública”.

Representantes da cultura da zona leste da cidade participaram da audiência. A assistente social Lais Boto, do Instituto Fazendo História, falou sobre a importância das atividades realizadas na Ocupação para resgatar o sentimento de pertencimento da população local.

“A Ocupação Ermelino Matarazzo foi fundamental não só para os adolescentes e para as crianças, mas também para os profissionais entenderem essa casa como uma possível casa de estar, não só para o trabalho em sim, mas para entenderem o quão é importante esse chão no sentido da garantia de direitos”, disse Lais.

O produtor cultural Gustavo Soares contou a história do espaço, criado em 2016, e cobrou mais atuação da Secretaria Municipal de Cultura nas periferias. “(A Ocupação) Surge em um contexto de ausência de equipamentos, de olhar e de políticas públicas pensadas para a periferia e para este território”.

Dentre as demandas apresentadas por Edson Paulo Souza, gestor do Teatro Império, está o retorno dos conselhos participativos. “Para cada equipamento tinha essa dinâmica, fazia a sua forma de conselho. Nós conseguimos fazer algumas poucas reuniões antes da pandemia. Pós pandemia não voltamos. É o momento de abrir para a comunidade, de ter o entorno”.

Já Natália Santos, da Biblioteca Comunitária Leia Bem no Horto, cobrou a presença no debate da secretária da pasta de Cultura, Aline Torres. Ela reivindicou ainda ações para promover as bibliotecas municipais. “As nossas bibliotecas da cidade, infelizmente, não têm nada de comunitárias, não têm nada de democráticas. Estamos fazendo uma Audiência Pública e não vejo sequer um representante do Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas”.

O ator Luciano Carvalho também contribuiu com o debate. Para ele, “a gestão desses espaços deve ser feita pelas comunidades. As pessoas que estão nos territórios podem se organizar para dar vida e sentido, e uma produção cultural rica dialogando com a diversidade da criação no território”.

Representando a Prefeitura de São Paulo, participaram Vinicius Nascimento, coordenador de Fomento Cultural, e Aurora Oliveira, que coordena as Casas de Cultura. Aurora destacou algumas iniciativas previstas pela Prefeitura, como, por exemplo, a utilização dos CEUs (Centros Educacionais Unificados) em ações culturais.

“As informações que eu tenho é que a gente retoma o Circuito Municipal de Cultura para os CEUs ainda neste ano. Já fica a sugestão para a galera toda se cadastrar no link do Circuito e estabelecer esses contatos”, disse a coordenadora das Casas de Cultura.

Aurora também comentou sobre um eventual retorno dos conselhos participativos, que segundo ela, “representam a importância dos mecanismos de participação popular”. Ela acrescentou dizendo que restabelecer os conselhos “é uma forma de garantir, ainda que a gestão do equipamento não esteja totalmente pronta e predisposta para esse diálogo, através dos conselhos isso se consegue materializar”.

Você pode rever a Audiência Pública da Subcomissão de Cultura desta quinta-feira clicando aqui.

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