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São Paulo não ficará sem água, afirma especialista

19 de maio de 2014 - 17:31

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Apesar dos baixos níveis dos reservatórios do Sistema Cantareira — responsável por abastecer mais de oito milhões de pessoas na cidade de São Paulo —, o professor titular de tecnologia de infraestrutura da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP (Universidade de São Paulo), Ricardo Toledo Silva, acredita que a capital paulista não terá falta de água, mesmo se o racionamento não for adotado.

De acordo com ele, o governo estadual está tomando as medidas necessárias para evitar a falta de água. O racionamento não é a única maneira de reduzir o consumo. Tecnicamente existem muitas outras formas de fazer isso sem prejudicar a população. O Estado está oferecendo bônus na conta e diminuindo a pressão da água durante a noite. Essas duas ações já ajudam a reduzir os gastos com água significativamente, explicou Silva.

O bônus em questão é uma ação da Sabesp que concede desconto de 30% na conta de água para clientes que reduzirem em pelo menos 20% o consumo médio. O primeiro balanço divulgado pela concessionária, em março, revelou que a economia chegou a 6,2 mil litros de água por segundo.

Além disso, mesmo que não chova o suficiente para abastecer o Sistema Cantareira, o professor garante que é possível conseguir água de outras bacias. Existe um outro sistema, formado pelas represas do Alto Tietê, entre elas Taiaçupeba e Ponte Nova, que podem suprir parte da água caso venha a faltar no Sistema Cantareira. O restante pode ser compensado, em menor escala, pela água que vem do Sistema Guarapiranga, que hoje já abastece São Paulo, acredita.

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Outra medida do governo do Estado elogiada pelo professor da USP é o Plano Diretor de Aproveitamento dos Recursos Hídricos para a Macrometrópole Paulista, elaborado em 2008. Os estudos desse projeto estimam o crescimento da demanda por água, apresentam alternativas para a expansão da oferta e propõem medidas para garantir a sustentabilidade do abastecimento público nos 180 municípios da região até 2035.

De acordo com o Plano Diretor, será necessário um adicional de 60 metros cúbicos de água por segundo para atender a uma demanda de 283 metros cúbicos por segundo em 2035. O valor equivale ao dobro da atual da capacidade do Sistema Cantareira e quatro vezes a do Sistema Guarapiranga.

Em 2008, o governo percebeu que a questão do abastecimento extrapola os limites que delimitam um município e viu a necessidade de abranger todo o território da macrometrópole paulista. Assim, temos um complexo regional, e os mananciais são grandes e sujeitos a regimes diferenciados de chuva. O Estado tem obrigação de ter um conjunto grande e interligado de reservatórios para poder gerenciar situações como a que está acontecendo com o Cantareira, explicou Silva. A gestão de águas urbanas é muito complexa e esse Plano Diretor da Macrometrópole é um avanço para dar conta dessa complexidade, acrescentou.

No entanto, ele pontua que as ações do governo não serão suficientes sem o apoio da sociedade. A população precisa ter consciência do tamanho do problema para não desperdiçar água, mesmo o Estado dispondo de meios técnicos para garantir sempre o abastecimento das necessidades básicas. Assim, é possível passar pela crise de uma forma boa. (Katia Kazedani)

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(19/05/2014 – 12:00)

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