MARIA RITA WERNECK
DA TV CÂMARA
Os cartazes e faixas pedindo o não fechamento das farmácias localizadas nas UBS (Unidades Básicas de Saúde) da Capital lotaram o Salão Nobre da Câmara Municipal nesta quarta-feira (5/4), durante a audiência pública realizada pela Comissão de Saúde.
O assunto veio à tona depois que a Prefeitura divulgou que pretende mudar a forma de distribuição dos remédios gratuitos nas UBS. De acordo com secretário municipal da Saúde, Wilson Modesto Pollara, que participou da Audiência, não há nada definido sobre o projeto de distribuição. Ele também garantiu que nenhuma farmácia será fechada.
“A farmácia não vai ser fechada, porque nós precisamos delas. Qualquer coisa que fizermos, inclusive para transformar as receitas em alguma coisa digital para ser entregue em outro lugar, precisaremos da farmácia. Não é possível fechá-las”, disse Pollara.
“Pela primeira vez, o secretário, enfaticamente, diz que não vai fechar as farmácias. Nós vamos continuar avaliando, acompanhando e cobrando da Secretaria [da Saúde] o abastecimento das farmácias na UBS”, disse Deodato Rodrigues Alves, diretor do SINFAR-SP (Sindicato dos Farmacêuticos de São Paulo).
Outro assunto esclarecido pelo secretário foi a possível mudança no sistema do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Polara descartou qualquer intenção de privatizar o serviço e disse que a pasta está analisando a possibilidade de unificá-lo com o GRAU (Grupo de Resgate e Atendimento a Urgências) para melhorar o serviço. “Hoje, o SAMU atende pelo telefone 192 e o Grau, pelo 193. Com a integração, ambos serão chamados em uma única central”, disse.
“A integração do número é importante e para que isso aconteça também é importante que os profissionais que estão na linha de frente do SAMU possam participar desse grupo de trabalho”, disse o enfermeiro do SAMU Fábio Soares.
Segundo a presidente da Comissão de Saúde, vereadora Rute Costa (PSD), a presença do secretário Pollara na Câmara esclareceu muitas dúvidas dos vereadores sobre os projetos da pasta. “Eu me dou por satisfeita, porque muitas questões já foram eximidas.Mas eu ainda acho que existem muitas coisas na própria Secretaria que ainda devem ser discutidas”, disse.