André Bueno/CMSP Documento da ONU tem o objetivo de fortalecer o desenvolvimento sustentável nos próximos 13 anos
A família como berço de cidadania, igualdade e valores como cuidado com os idosos e pessoas portadoras de necessidades especiais. Os grupos familiares aparecem em parte dos 17 pontos da agenda da ONU (Organização das Nações Unidas) para 2030. De forma geral, trata-se de um documento com o objetivo de fortalecer o desenvolvimento sustentável nos próximos 13 anos.
André Bueno/CMSP Ignácio Socias
Para promover os debates durante o processo, a Escola do Parlamento da Câmara Municipal de São Paulo realizou, na noite desta segunda-feira (6/11), uma palestra com foco no papel das famílias. O evento contou com a participação de Ignácio Socias, diretor da IFFD (Federação Internacional de Desenvolvimento da Família), entidade que tem cadeira fixa na ONU e presta consultoria para a organização mundial.
“A agenda é algo realmente histórico. É a primeira vez que todos os representantes de Estado do mundo se reúnem para elaborar o mesmo documento. Por isso tem tanta força”, disse o especialista em políticas públicas e núcleos familiares.
“Vamos abordar os temas que mais se relacionam com a família, passando pela pobreza, saúde, a igualdade, já que a família é o primeiro lugar onde se aprende isso e, o mais importante, a educação de qualidade”, disse Socias.
André Bueno/CMSP Maria Nazaré Lins Barbosa
A procuradora-chefe da Câmara Municipal de São Paulo, Maria Nazaré Lins Barbosa, chamou a atenção para a participação da capital paulista no fortalecimento das famílias. “A grande questão aqui envolvida é a abordagem de como o fortalecimento dos vínculos familiares favorece o desenvolvimento social”, afirmou.
Ainda segundo ela, “o Brasil está associado a essas políticas não só em Brasília, mas também porque atinge interesses locais”. De acordo com Maria Nazaré, “todos os grandes desafios sociais que temos no Brasil e na cidade de São Paulo passam por uma perspectiva que desenvolva a sociedade”.
Para a diretora-executiva da Escola do Parlamento, Ilza Valéria Moreira Jorge, o debate também serve para levantar a discussão que é pautada pela ONU desde 2015. “A Escola do Parlamento promove esse encontro porque os objetivos de desenvolvimento sustentável estão em pauta desde 2015 e muita gente não foi incorporada. É algo que precisa ser debatido para criar propostas factíveis que melhorem a qualidade de vida no planeta”.
De acordo com Ilza, pensar nas famílias de 2030 também é reduzir desigualdades e preconceitos. “Quando se diminui as desigualdades de gênero, se combate a homofobia e o racismo. Também se melhora a qualidade de vida das pessoas”, disse.
Relevante discussão, considerando que a participação cidadã é fundamental para melhorar. Impossível pensar em soluções inovadoras, como a criação de políticas publicas que envolvem o tema Família 2030, sem a presença de pessoas que apontem as maiores necessidades e conflitos contemporâneos envolvidos. Levanto a questão: A população em situação de rua vem crescendo de maneira assustadora, sinônimo de degradação social, com impacto direto na instituição familiar. Como evitar o aumento dessa catástrofe social?
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