A Subcomissão da Varrição e Coleta de Lixo ouviu, nesta quarta-feira ( 21/10), os agentes vistores responsáveis pela fiscalização da limpeza urbana na região central da capital. Dos onze agentes que prestam serviço na Sé, oitos participaram da reunião. Dois estão de licença e um de férias. Os fiscais foram questionados quanto a inexistência de autuações contra a Construfert, empresa responsável pela limpeza urbana da região da Sé. Os agentes garantiram que vistoria está sendo realizada corretamente, mas não conseguiram especificar quais ruas foram vistoriadas. “A fiscalização não existe”, afirmou Milton Leite (DEM), relator da Subcomissão.
Para investigar a situação, Leite designou uma equipe de 60 pessoas que percorreu por 24 horas (entre os dias 19 e 20 de outubro) as ruas da região central. O objetivo foi averiguar como estava sendo realizado o serviço de varrição na área tendo como base as determinações do contrato. “Das 27 ruas monitoradas, foram encontrados problemas em 18 delas”, informou Leite.
“Se um funcionário falta, a empresa deve ser autuada. Não é possível que os fiscais da Sé não tenham observado nenhuma irregularidade como esta esse ano”, questionou Roberto Tripoli (PV), presidente da Subcomissão.
De acordo com o contrato, o valor a ser repassado para a Construfert depende da medição assinada mensalmente por Daniela Carelli de Souza, supervisora técnica de limpeza pública da subprefeitura da Sé desde o início de outubro. Sem nenhuma autuação apresentada pelos fiscais o repasse seria de 100%. “Isso é um absurdo diante das irregularidades encontradas”, afirmou Leite. Ao ser questionada, Daniela admitiu a impossibilidade em se pagar o valor completo da medição referente ao mês de outubro.
O vereador Arselino Tatto (PT) ficou indignado com os dados apresentados por Leite. “Temos de pedir que não se efetue o pagamento para essa empresa e uma imediata revogação do contrato”, solicitou Tatto.
Remy Benedito Silva Filho, que foi supervisor técnico de limpeza pública da Sé até setembro, reafirmou que não vê irregularidades. “Mediante o contrato em vigência não há falha no serviço”, justificou.
Participaram da reunião os vereadores Arselino Tatto, Milton Leite, Roberto Tripoli e Gilson Barreto (PSDB).
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