Último profissional da imprensa a entrar em contato com o ex-presidente Juscelino Kubitscheck, o jornalista Carlos Heitor Cony diz não ter dúvidas de que o ex-presidente foi assassinado. A máquina para matar JK na estrada estava pronta”, afirmou Cony ao vereador Gilberto Natalini (PV), presidente da Comissão Municipal da Verdade
Cony encontrou-se com Kubitscheck na Casa da Manchete, em São Paulo, no dia 20 de agosto de 1976, dois dias antes da morte de JK. O jornalista e escritor, que mora no Rio de Janeiro, diz não ter dúvidas de que tratou-se de um atentado político.
O escritor lembrou que o ex-governador de Pernambuco, Miguel Arraes, na época exilado na Argélia, integrava uma rede internacional de informações cujo objetivo era garantir a integridade e a vida de políticos perseguidos por ditaduras militares. “Arraes alertou que Jango e JK corriam riscos”, relatou Cony.
O jornalista e escritor ainda elogiou o “Relatório JK”, elaborado pela Comissão Municipal da Verdade, cuja conclusão foi a de que JK foi morto em um atentado político. Cony citou novamente Arraes: “Ele disse claramente que JK foi assassinado”.
Na próxima terça-feira (11/02), a Comissão toma o depoimento de João Vicente Goulart, filho do ex-presidente João Goulart, morto em circunstâncias ainda não esclarecidas, apenas quatro meses depois a morte de Juscelino. João Vicente comentará as investigações em curso para apurar a causa da morte do ex-presidente.
(06/02/2013 – 18h31)