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A partir desta sexta, intervalo para 2ª dose da vacina da Pfizer na capital será reduzido de 12 para oito semanas

Por: DANIEL MONTEIRO - HOME OFFICE

23 de setembro de 2021 - 19:17

A capital paulista vai reduzir de doze para oito semanas o intervalo entre a primeira e a segunda dose da vacina da Pfizer a partir desta sexta-feira (24/9). Assim, todas as pessoas que tomaram a primeira dose há no mínimo oito semanas estão aptas a receber a segunda dose do imunizante.

Com relação às outras vacinas, o intervalo para a segunda dose da AstraZeneca continua sendo de 12 semanas e da Coronavac, 28 dias. A medida respeita a orientação dos programas Nacional e Estadual de Imunizações.

A redução de intervalo entre as vacinas também pode ocorrer por meio das doses remanescentes, a chamada xepa: 30 dias de intervalo em relação à primeira dose para AstraZeneca e Pfizer, e 15 dias para a Coronavac.

Ainda nesta sexta-feira, a vacinação segue para adolescentes de 12 a 17 anos de idade, bem como a aplicação da dose adicional para idosos acima de 80 anos que tomaram a segunda dose ou a dose única há mais de seis meses. A imunização também estará disponível para pessoas com mais de 18 anos que tenham alto grau de imunossupressão.

Além disso, desde esta quinta-feira (23/9), as doses remanescentes também estão destinadas aos trabalhadores da saúde com mais de 18 anos que tomaram a segunda dose ou dose única há pelo menos seis meses, exceto gestantes e puérperas. As inscrições podem ser feitas em qualquer UBS (Unidade Básica de Saúde) do município.

Os trabalhadores da saúde precisam apresentar comprovante de vínculo empregatício em serviço de saúde do município de São Paulo, documento de conselho de classe, comprovante de profissão, certificado ou diploma. Os idosos com mais 60 anos também poderão se inscrever para a dose adicional, desde que tenham recebido a segunda dose ou dose única há pelo menos seis meses.

A aplicação de doses remanescentes está sujeita à disponibilidade ao final do dia em cada UBS. Cada unidade de saúde deverá organizar uma lista de espera com os usuários de sua área de abrangência, que atendam aos critérios de intervalo entre as doses, com telefones para convocação do público interessado.

Podem se inscrever quem mora, estuda ou trabalha na região da unidade, com obrigatoriedade de apresentação de comprovante de residência no município. As inscrições podem ser realizadas durante o horário de funcionamento das UBSs e o chamamento é realizado por ordem de inscrição.

A lista completa de postos pode ser encontrada na página Vacina Sampa.

Mais sobre o novo coronavírus 1

Realizado por meio de parceria entre a Prefeitura de São Paulo, o Instituto Butantan, o Instituto de Medicina Tropical da USP (Universidade de São Paulo) e Instituto Adolfo Lutz, um estudo revelou, na última quarta-feira (22/9), que foram registrados 573 novos casos da variante Delta (linhagem B.1.617.2 e sublinhagens AY) na capital.

Com essas confirmações, a cidade contabiliza 2.494 casos desde que a variante foi confirmada pela primeira vez, em julho. Entre as amostras em que foi possível identificar a linhagem, 95,2% são da variante Delta e 4,06% da Gama. Os sequenciamentos são referentes à semana epidemiológica 36.

Um dado que chama a atenção é de que o número de casos não tem apresentado curva de crescimento significativo apesar da presença da variante na capital. Ainda assim, diante do novo cenário de predominância da variante Delta na cidade e com a população adulta elegível vacinada, o município realizará testagem de comunicantes de casos positivos de Covid-19 detectados nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) para análise do perfil de transmissão do vírus.

Na prática, isso significa que os munícipes detectados com a variante Delta e Gama passarão por um teste de antígeno para Covid-19. O procedimento será adotado tanto para aqueles com sintomas como os assintomáticos que tiveram contato com pessoas com caso positivo. A medida é fundamental para entender o cenário atual do comportamento da Covid-19 e evitar a expansão dos casos da doença na cidade de São Paulo.

Mais sobre o novo coronavírus 2

De acordo com o boletim diário mais recente publicado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo sobre a pandemia do novo coronavírus, nesta quinta (23/9), a capital paulista totalizava 37.835 vítimas da Covid-19. Havia, ainda, 1.458.386 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus.

Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.

Prefeitura de SP

Em relação ao sistema público de saúde, os dados mais recentes mostram que a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 na região metropolitana de São Paulo, nesta quinta (23/9), é de 38,3%.

Já na última terça (21/9), o índice de isolamento social na cidade de São Paulo foi de 36%. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.

A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

Mais sobre o novo coronavírus 3

Publicada na última quarta-feira (22/9), a edição extra do Boletim Observatório Covid-19 Fiocruz reforça a tendência de queda no indicador de ocupação de leitos de Covid-19 para adultos.

Com exceção de Espírito Santo e Distrito Federal, onde se observou crescimento, entre 13 e 20 de agosto, o indicador continua apresentando sinais de queda ou estabilização no país. Segundo dados obtidos em 20 de setembro, nenhum estado está na zona crítica, com taxa superior a 80%.

O Amazonas apresentou aumento no indicador de 29% para 50%, mas permanece fora da zona de alerta: esse crescimento está relacionado a uma redução no número de leitos disponíveis. O Distrito Federal também apresentou aumento no indicador de 55% para 66%, que pode ser explicado pelo gerenciamento de leitos nesta unidade federativa.

Os pesquisadores do Observatório responsáveis pelo Boletim também informam que a redução paulatina de leitos continua sendo observada, e, na última semana, foram registradas quedas nos leitos de UTI Covid-19 para adultos no SUS no Amazonas, Pará, Tocantins, Maranhão, Pernambuco, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Distrito federal.

Entre as capitais, observou-se melhora do indicador em Boa Vista (76% para 58%), município que detém os únicos leitos de UTI Covid-19 públicos de Roraima, e em Curitiba (64% para 58%), que deixaram a zona de alerta, assim como na cidade do Rio de Janeiro (82% para 75%), que saiu da zona de alerta crítico para a de alerta intermediário. Por outro lado, houve piora expressiva em Vitória (55% para 65%).

Os responsáveis pelo informe ressaltam, porém, que apesar da melhoria dos indicadores, ainda é necessário tanto cautela, mantendo-se o uso de máscaras e algumas medidas de distanciamento físico, como acelerar e ampliar a vacinação entre adultos que não se vacinaram ou não completaram o esquema vacinal, entre idosos que requerem a terceira dose e entre adolescentes. Neste contexto, o passaporte vacinal é uma política de proteção coletiva e estímulo à vacinação.

Eles também alertam que, após a fase aguda da pandemia, é preciso que o país se prepare para o enfrentamento da Covid-19 a médio e longo prazo. O que envolve tanto considerar o passivo assistencial durante a pandemia, que é de elevada magnitude e exige do sistema de saúde se organizar para dar respostas eficientes, como também a continuidade do uso de máscaras e de certas medidas de distanciamento físico frente à perspectiva de se conviver com a Covid-19 como uma doença endêmica por um longo período.

Os pesquisadores do Observatório ainda chamam a atenção para o aumento abrupto, verificado na Semana Epidemiológica 37 (12 a 18 de setembro), no número de casos de Covid-19 notificados no sistema e-SUS, resultado da inclusão de registros que estavam retidos, o que afetou principalmente os Estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Essa mudança repentina contribuiu para o aumento da média nacional de infectados, mas não representa uma reversão da tendência de melhora nos índices da pandemia.

Apesar deste episódio, os valores computados de outros indicadores da pandemia, empregados pelo Observatório Covid-19 da Fiocruz, mostram que se mantêm em queda os indicadores relacionados à transmissão, como a positividade de testes, a incidência de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), a mortalidade e a ocupação de leitos de UTI.

O estudo ressalta que o real impacto da doença foi subestimado, principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo, porque o volume de casos deveria ter sido computado em semanas anteriores e medidas de flexibilização foram adotadas sem respaldo estatístico. Por conta disso, o país perdeu a oportunidade de identificar locais e grupos de risco e a confirmação de casos suspeitos e o rastreamento de contatos foram também impactados.

Ações e Atitudes

O TTV (torquetenovírus) é um dos vírus mais frequentemente encontrados no organismo humano – comum também em macacos e animais domésticos – e sua presença até hoje não foi associada a nenhuma doença. Mas, quando ele começa a se replicar demais, é sinal de que algo vai mal no sistema imune.

Essa correlação entre carga de TTV elevada e imunossupressão já tem sido usada na medicina em alguns contextos, por exemplo, para monitorar pacientes transplantados e que precisam tomar remédios para evitar a rejeição do órgão.

Agora, um novo estudo da USP (Universidade de São Paulo) sugere que a concentração de TTV no organismo de um infectado pelo novo coronavírus pode servir como marcador de intensidade e de recuperação da Covid-19. Os resultados foram divulgados na revista PLOS ONE.

De acordo com os autores da pesquisa, foram analisadas amostras de 91 pacientes com infecção pelo novo coronavírus confirmada por RT-PCR e de outras 126 pessoas com síndrome gripal que testaram negativo. A partir daí, foi observado que os títulos de TTV aumentaram nos infectados pelo novo coronavírus – quanto mais altos, mais tempo eles permaneceram doentes – e que a queda da carga viral foi acompanhada de resolução dos sintomas. Já nos indivíduos não infectados, a concentração de TTV manteve-se estável durante todo o período sintomático.

O atual estudo foi desenvolvido no âmbito do Programa Corona São Caetano, uma plataforma on-line criada para organizar o monitoramento remoto de moradores com sintomas de Covid-19 por equipes de saúde e a coleta domiciliar de amostras para diagnóstico. A iniciativa envolve a USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul), a prefeitura local, a startup MRS – Modular Research System e o IMT-USP (Instituto de Medicina Tropical da USP) na capital paulista.

Com amostras coletadas de pacientes atendidos por esse programa, os pesquisadores do IMT-USP têm investigado – com apoio da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo)  – como varia a eliminação do novo coronavírus ao longo do tempo em diversos fluidos corporais, entre eles sangue, urina e saliva. Eles então tiveram a ideia de analisar nessas amostras a carga de TTV para ver se havia alguma relação com o quadro clínico da Covid-19. E os resultados, afirmam, mostram que o TTV, de fato, pode ser um marcador de evolução e resolução da doença. Quanto mais sintomático o paciente estava, maior era a carga de TTV na amostra.

Os pesquisadores contam que todos os pacientes incluídos na pesquisa tiveram quadros leves ou moderados de Covid-19. A análise da carga viral – tanto do TTV quanto do novo coronavírus – foi feita usando amostras de saliva. Por meio de um questionário aplicado aos participantes, foi possível constatar que nenhum deles era portador de doenças que causam imunossupressão, como câncer ou Aids. A hipótese levantada é de que a Covid-19, ao provocar um desequilíbrio imunológico, pode levar a certo grau de imunodepressão. E isso favorece a replicação do TTV.

Os autores do estudo destacam que não há uma aplicação clínica direta para a descoberta. Mas ela pode, no futuro, contribuir para aprimorar o diagnóstico e o prognóstico da Covid-19. Uma das possibilidades, citam, é desenvolver um kit capaz de dosar vários biomarcadores da doença ao mesmo tempo e depois avaliar os resultados com o auxílio de algoritmos. E a medida da carga de TTV é um dos vários testes que podem ser incorporados nesses algoritmos para subsidiar o diagnóstico.

  • *Ouça aqui a versão podcast do boletim Coronavírus desta quinta-feira

*Este conteúdo e outros conteúdos especiais podem ser conferidos no hotsite Coronavirus

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