Os casos de bullying aumentam a cada dia no Brasil. De acordo com um estudo – com mais de 100 mil alunos de escolas públicas e particulares de todo o País – feito pelo Ministério da Saúde e aplicado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 20% dos estudantes já praticaram esse tipo de agressão.
Para chamar a atenção da sociedade para o problema, o Movimento Brasil Sem Bullying realizou nesta sexta-feira (20/10), Dia Mundial de Combate ao Bullying, um debate na Câmara Municipal de São Paulo com professores e especialistas no assunto. O evento contou com o apoio do vice-presidente da Câmara, vereador Eduardo Tuma (PSDB).
A terapeuta familiar Cristiane Almeida foi uma das convidadas. Ela contou como ajudou seu filho a superar o bullying. “O meu filho começou a dizer ‘não quero ir para a escola’ constantemente. E o humor começou a mudar. Alguns dias ele estava calmo e outros bravo. Eu nunca imaginei o que estava acontecendo. No entanto, resolvi levá-lo ao psicólogo e o profissional revelou que ele estava passando por bullying”, disse.
Para ela, o diagnóstico foi uma surpresa. “Achei que não passava de manha de criança. Até que descobri que ele sofria agressões moral e física. Jogavam as coisas dele fora e batiam nele. Precisei tirar meu filho do colégio e levá-lo por muito tempo para fazer tratamento psicológico”, detalhou Cristiane.
O caso da terapeuta familiar é um dos mais comuns. De acordo com a idealizadora do Movimento Brasil Sem Bullying, Cléo Fante, não é simples identificar o problema. “As crianças, realmente, às vezes, não querem ir à escola. Mas se a recusa se tornar constante e o rendimento e entusiasmo caírem, os pais precisam procurar a escola para ver se ela tem a mesma observação”, afirmou.
A autora do livro “Bullying Escolar: prevenção, intervenção e resolução com princípios da Justiça Restaurativa”, Aloma Ribeiro Felizardo, participou do debate. “As crianças vão se isolando, ficando depressivas e acabam buscando grupos na Internet que incitam o sofrimento, de modo que muitas chegam até a se cortar para se sentirem pertencentes a determinados grupos”, justificou.
O chefe de gabinete da Secretaria Estadual de Educação, Wilson Levy, falou sobre a importância de ações dentro das escolas para evitar o bullying. “Estamos trabalhando no fortalecimento dos laços das comunidades escolares. Fortalecendo o grêmio estudantil e o conselho de escola. A associação de pais e mestres, faz a interface da escola com a comunidade. Acredito que a municipalidade tem como foco da política pública o enfrentamento desse problema, que demanda a participação de todos”, argumentou.
A professora Elenice da Silva elogiou a iniciativa. “O assunto passou a ser mais discutido e as escolas estão realizando muitas ações educativas, que fazem com que os alunos tenham uma maior consciência”, contou.
A idealizadora do debate considerou importante a discussão. “Esperamos que a partir de agora o movimento cresça e que possamos estabelecer parcerias com escolas particulares e públicas, em que possam nos dar apoio nessas ações”, disse Cléo.
Estamos saindo do foco…Escola sem violência e sem bullyng implica em professor na sala de aula dando aula de boa qualidade…Alunos ou sem nada que fazer no páteo por conta das aulas vagas. Alunos confinados dentro da sala de aula, sendo vigiados por funcionários, mas sem aula de verdade, dá em violência mesmo. Nâo adianta, podem colocar mil cerejas mas se o bolo estiver podre, não vai acontecer nada de bom.