Ricardo Moreno / CMSP
O vereador Natalini (PV), vice-presidente da Comissão, foi um dos atendidos pelos dois advogados até o seu julgamento, em 1972. Ele lembrou que foi absolvido, com a defesa oral escrita por Idibal e lida por Aírton. Eu pedi que eles viessem falar à Comissão com era fazer a defesa no Tribunal Militar, observou.
Os advogados ressaltaram que sua atuação também era vista como subversiva pelos militares. Nós corríamos muitos riscos. A maioria não queria se envolver. De todos os colegas em São Paulo, não passavam de 20 os que estavam dispostos a defender os presos políticos, afirmou Soares.
A atividade de Aírton e Idibal fez com que eles também fossem presos, e no caso de Pivetta, torturado. Tenho péssimas memórias da prisão, disse, destacando que a Justiça Militar enquadrava todos os presos na mesma situação, acusando todos de atentarem conta a Lei de Segurança. Dos 25 presos comigo no DOI-CODI, 16 eram meus clientes, apontou.
(26/07/2012 17h32)