As políticas públicas voltadas ao alcoolismo foram tema do Seminário em Comemoração aos 53 anos dos Alcoólicos Anônimos em São Paulo, realizado nesta sexta-feira (13/4), na Câmara Municipal, por iniciativa da Secretaria Estadual de Políticas Sobre Drogas
Durante o debate, foram relatados caso como o do aposentado de 70, que pediu para não ter o nome divulgado. Ele contou que bebeu dos 18 aos 43 anos e, só depois de se afastar de familiares e chegar ao fundo do poço, que resolveu procurar ajuda.
“Em 83, eu conheci o AA (Alcoólicos Anônimos), e fiquei sabendo a verdade. Não era maldade, não era falta de vontade minha. Fiquei sabendo que o alcoolismo é uma doença física, mental e até espiritual que faz com que a gente não ligue para nada”, disse.
Gleuda Apolinário, coordenadora de Políticas Públicas sobre Drogas, destacou que as pessoas saem desse processo acolhidas por comunidades terapêuticas e retornam para a sua vida social, familiar e comunitária. “Aquelas que participam de um grupo de muto-ajuda, tem um índice de recaída menor do que aquelas que não participam.”
O promotor de justiça do Estado de São Paulo, Luiz Roberto Wakim, foi um dos palestrantes do seminário. “A minha perspectiva é trazer a visão do promotor de justiça no dia a dia, tanto do ponto de vista da atenção individual dos usuários e seus familiares, como no ponto de vista da sociedade como um todo.”
De acordo com especialistas, existe um processo de evolução nos tratamentos dos dependentes químicos, principalmente do álcool, como explicou a psicóloga especializada em dependência química, Maria Heloísa Bernardo.
“A cada dia surgem técnicas e métodos eficazes para lidar e para fazer o manejo do abuso e da dependência de substâncias psicoativas, principalmente o álcool que é o nosso foco hoje.”