A criação de novos pontos para instalação de feiras de artesanato, maior fiscalização por parte da Prefeitura e a criação de Rua de Arte foram algumas das sugestões feitas pelos artesãos ao secretário municipal de Coordenação das Subprefeituras, Andrea Matarazzo. Ele participou, nesta quinta-feira (26/03), da reunião da Comissão de Trânsito, Transporte, Atividade Econômica, Turismo, Lazer e Gastronomia, a pedido da vereadora Mara Gabrilli (PSDB), para discorrer a respeito da situação das Feiras de Artesanato da cidade. “Esta discussão direta entre o Executivo, o Legislativo e os artesãos ajuda a construir uma boa relação com esta área que é tão importante para o turismo e para atividade econômica da cidade”, destacou Matarazzo. “Estou levando uma série de sugestões de melhoria das feiras, principalmente o desejo dos artesãos para que haja mais fiscalização, com o objetivo de impedir a entrada de pessoas infiltradas, vendendo contrabando, pirataria ou produtos roubados", afirmou ele.
Existem 52 feiras oficializadas espalhadas pela cidade, vendendo artesanato e antiguidades, além de feirinhas que oferecem arte, roupas, artigos alternativos, bijuterias e gastronomia.
O secretário destacou que o governo não deve ditar as normas de funcionamento das feiras de artesanato e defendeu a auto gestão. “Para que essas feiras não percam suas características, os artesãos devem formar entidades destinadas a administrar as feiras, evitando a entrada de falsos artesãos e de produtos chineses”, disse Matarazzo.
A artesã Rosana Bianchi criticou o fato de algumas associações de artesãos estarem cobrando de R$ 10,00 a R$ 20,00 para que possam montar suas pequenas barracas na rua. “Estão vendendo espaço público. A arte não pode ficar sujeita a essa cobrança, por isso vivo correndo da polícia”, denunciou.
Feira da Madrugada
O vereador Adilson Amadeu não gostou da resposta do secretário de que a Prefeitura não pode fazer nenhuma intervenção na Feira da Madrugada, pois é um comércio da iniciativa privada. A feira se realiza todos os dias das 21 às 8 horas, numa área da antiga Rede Federal e nas ruas Oriente, Maria Marcolina e Casemiro de Abreu, onde estão instaladas mais de 6 mil barracas.
“O secretário Andrea Matarazzo mais uma vez não quer enxergar a bandalheira que existe na região do Brás, Pari e Canindé, afirmou Amadeu. " Vejo a existência de barracas e mais barracas irregulares, vendendo produtos piratiados, mercadorias sem procedência, sem nota fiscal e até o aluguel de armas. Venho falando isso há quatro anos. Então o que vamos fazer? Já não é mais caso de polícia. É caso do Exército, da Aeronáutica e da Marinha”, desabafou.
De acordo com o secretário, não existe nenhuma relação da Feira da Madrugada com a Prefeitura. “O que existe lá é uma atividade particular, que tem de trabalhar de acordo com a legislação municipal. Periodicamente a Polícia Civil realiza blitze no local. No ano passado, durante uma diligência, a polícia apreendeu inúmeros produtos ilegais”, concluiu Matarazzo.
Os vereadores Ricardo Teixeira (PSDB), Mara Gabrilli (PSDB), Antonio Goulart (PMDB), Senival Moura (PT), Marta Costa (DEM), Atílio Francisco (PRB)Marcelo Aguiar (PSC) e Adilson Amadeu (PTB) participaram da reunião com o secretário Andrea Matarazzo.
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