RODRIGO GARCIA
DA REVISTA APARTES
Comissão parlamentar encerra trabalhos e propõe criar agência municipal para fiscalizar contrato com a Sabesp
“No resto da cidade é proibido lavar a calçada com água da Sabesp, mas aqui a água da Sabesp lava é a rua mesmo”, brinca queixando (ou queixa brincando) o presidente do Clube Comunidade Jardim Vera Cruz, Júlio Fonseca, enquanto mostra os furos nas mangueiras que servem de canos improvisados para levar, irregularmente, água tratada pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) até a casa dos moradores do local onde vive, o Jardim Vera Cruz.
Naquele bairro da zona sul da cidade, a Sabesp levou encanamento até a Estrada do M’Boi Mirim e construiu os cavaletes (tubos e conexões destinados à instalação de hidrômetro nas casas), mas não fez as ligações finais. E mesmo assim envia a conta com a taxa de água e esgoto. Para solucionar o problema, os moradores criaram a própria rede, pela qual a água é levada por meio de bombas e de canos improvisados espalhados pelas ruas e até no alto de postes. A rede, irregular, é chamada de água-net, ou gato-net. Já houve solicitação para que o encanamento seja regularizado, ainda não atendida pela companhia.