RODRIGO GARCIA
DA REVISTA APARTES
Em uma das muitas contradições existentes na cidade de São Paulo, o Campus Leste da Universidade de São Paulo (USP Leste), onde ocorrem aulas de gestão ambiental, ficou interditado durante sete meses por ter sido construído em um terreno contaminado por gás metano, que pode provocar explosões. Além disso, há quatro anos foi despejada no local grande quantidade de terra suspeita de estar contaminada. Os cerca de 4 mil alunos da USP Leste tiveram de ser deslocados para outros lugares para poderem assistir às aulas.
Após procedimentos para diminuir o risco, como a instalação de drenos para que o gás metano seja liberado do subsolo, colocação de tapumes de alumínio e plantação de um gramado, os alunos e professores voltaram para o campus da USP Leste. Mas ainda persiste a sensação de insegurança. “Parece que a USP não se preocupa com minha saúde, porque o isolamento desses contaminantes, do jeito que está, é muito preocupante”, afirmou a professora Adriana Tufaile, em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada pela Câmara Municipal de São Paulo (CMSP) para investigar áreas contaminadas na cidade.