A Prefeitura de São Paulo passará a adotar o intervalo de 21 dias entre a primeira e a segunda doses de Pfizer para pessoas acima de 18 anos a partir desta quarta-feira (20/10). O público estimado a ser beneficiado com essa redução no intervalo é de 82.804 pessoas. Nesta terça (19/10), a Secretaria Municipal da Saúde recebeu 357.354 de doses de vacina da Pfizer, garantindo a antecipação da imunização.
A redução do prazo de 56 para 21 dias não é válida para adolescentes. Aos jovens de 12 a 17 anos de idade, o intervalo entre as doses permanece de oito semanas. Uma eventual antecipação a esse público será adotada mediante disponibilização de mais doses por parte do Ministério da Saúde.
Com relação às outras vacinas, o intervalo para a segunda dose segue sendo de 12 semanas para AstraZeneca e 28 dias para Coronavac. A medida respeita a orientação dos programas Nacional e Estadual de Imunizações. As unidades da Saúde estão orientadas a realizar intercambialidade com o imunizante da Pfizer nos eventuais períodos em que a vacina da AstraZeneca estiver indisponível na rede.
A Secretaria Municipal da Saúde reforça a importância de completar o esquema vacinal, inclusive, com a dose adicional. Também é recomendada à população que acompanhe a disponibilidade de segundas doses dos imunizantes por meio da plataforma De Olho na Fila.
Mais sobre o novo coronavírus 1
De acordo com o boletim diário mais recente publicado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo sobre a pandemia do novo coronavírus, até esta segunda (18/10), a capital paulista totalizava 38.555 vítimas da Covid-19. Havia, ainda, 1.537.106 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus.
Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.
Em relação ao sistema público de saúde, os dados mais recentes mostram que a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 na região metropolitana de São Paulo, nesta terça (19/10), é de 35,6%.
Já nesta segunda (18/10), o índice de isolamento social na cidade de São Paulo foi de 39%. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.
A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.
Atuação do município
A cidade de São Paulo começou a semana ultrapassando 100% dos jovens de 12 a 17 anos imunizados com a primeira dose da vacina contra Covid-19. A parcial de 100,5% está registrada no boletim Vacinômetro desta segunda-feira (18/10). No total, desde o dia 30 de agosto, 848.623 jovens já receberam a vacina, superando a população estimada em 844.073 pessoas. A capital paulista também já registra 0,6% de cobertura vacinal em segunda dose para este grupo. No total, 4.713 pessoas com idades entre 12 e 17 já receberam as duas doses da vacina.
A Secretaria Municipal da Saúde reforça a importância deste público ficar atento à data da segunda dose e não deixar de comparecer a um posto de vacinação para completar o esquema vacinal. Todos os adolescentes receberam o imunizante da farmacêutica Pfizer, cujo intervalo entre as doses é de oito semanas. A antecipação deste prazo poderá ser feita com a disponibilização de novas doses pelo PEI (Plano Estadual de Imunização) que repassa aos municípios os lotes recebidos do Ministério da Saúde.
Ações e Atitudes
O anticoagulante heparina reduz em 78% o risco de morrer por complicações da Covid-19 se administrado em dose terapêutica assim que o paciente chega ao hospital com sinais de insuficiência respiratória. É o que indica um estudo publicado no Bristish Medical Journal.
Atualmente, a OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda para esses casos apenas uma dose profilática do fármaco (indicada para prevenir trombose), que é quatro vezes menor que a dose terapêutica e não mostrou benefícios no ensaio clínico randomizado. A pesquisa envolveu 465 pacientes atendidos em 28 hospitais de seis países, entre eles o Brasil.
Participaram do ensaio clínico pacientes de ambos os sexos, com idade média de 60 anos, que deram entrada no hospital com saturação de oxigênio igual ou inferior a 93%. O objetivo foi avaliar o efeito da heparina sobre vários possíveis desfechos da infecção pelo SARS-CoV-2. Além de redução na mortalidade, portanto, buscou-se observar se o tratamento reduziria a necessidade de ventilação não invasiva (com cateter de alto fluxo ou máscara de oxigênio), de intubação e de internação em UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
Os voluntários foram divididos em dois grupos, um tratado com a dose terapêutica e outro que recebeu apenas a dose profilática (grupo controle). Os efeitos sobre os desfechos foram avaliados 28 dias após a administração do fármaco.
Os resultados evidenciam ainda que, para trazer benefícios, a heparina deve ser administrada entre o sétimo e o 14º dia após o início dos sintomas. Estudos anteriores já haviam mostrado que a anticoagulação não traz resultados importantes quando é feita após a internação em UTI.
*Ouça aqui a versão podcast do boletim Coronavírus desta terça-feira
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