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Um comentário

Marina Elisa Martins Lolli Salomão

Existem fatos que ocorrem em nosso município, descartes irregulares em esquinas, imóveis desocupados a venda ou locação como tem ocorrido na rua em que eu resido na Vila Dom Pedro II Zona Norte de São Paulo.

Contribuições encerradas.

Aprovado em primeira votação, projeto prevê multa de até R$ 30 mil por descarte irregular

Por: MARCO CALEJO
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8 de março de 2023 - 20:05
Afonso Braga | REDE CÂMARA SP

Em primeiro turno de discussão, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou de forma simbólica na Sessão Plenária desta quarta-feira (8/3) o PL (Projeto de Lei) 81/2023. De autoria da Prefeitura, a iniciativa propõe o aumento no valor das multas aplicadas por descarte inadequado de materiais diversos, como terra, entulho e resto de construção civil.

O projeto tem o objetivo de coibir o despejo irregular em áreas públicas da cidade. Além de evitar danos à saúde pública e ao meio ambiente, a proposta também visa minimizar os problemas com as enchentes na cidade, já que o lixo despejado incorretamente entope bueiros, bocas de lobo e obstrui galerias pluviais.

No texto do PL, o governo municipal destaca que o “equilíbrio do Sistema de Limpeza Urbana é crucial para garantir uma cidade limpa, segura e sustentável, evitando-se a ampliação dos riscos à saúde humana e ao meio ambiente”.

O PL majora o valor das infrações previstas na Lei nº 13.478, de 30 de dezembro de 2002, que trata do Sistema de Limpeza Urbana, e na Lei n° 14.803, de 26 de junho de 2008, norma sobre o Plano Integrado de Gerenciamento dos Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos. O projeto traz em anexo tabelas com os artigos das infrações e os respectivos valores.

De acordo com líder do governo na Câmara, vereador Fabio Riva (PSDB), os atuais valores das infrações variam de R$ 500 e R$ 1 mil, e caso a proposta seja aprovada em definitivo na segunda rodada de votação, as punições poderão chegar a R$ 30 mil.

“Hoje, para quem despeja um caminhão de entulho em qualquer local da cidade que não seja apropriado, a multa é só de R$ 500. Essa multa passa a ser de R$ 25 mil”, disse Fabio Riva, que completou. “Para resto de obras ou concretagem, jogando a parte cimentícia nas bocas de lobo, essa multa, hoje, de R$ 500, passa a ser de R$ 10 mil se for resto de construção, e se for produto cimentício ela multiplica por três, ou seja, chega a R$ 30 mil”.

Riva falou ainda que além das multas, o projeto também tem caráter educativo. Da tribuna do Plenário, o líder do governo confirmou para a próxima segunda-feira (13/3), às 17h, na Câmara de Vereadores, a realização de uma Audiência Pública para discutir a proposta.

Embora o PL tenha sido aprovado de forma simbólica, sem registros contrários à proposta, alguns vereadores fizeram considerações sobre o texto do governo. A bancada do PSOL entende que aumentar o valor das multas não vai minimizar os problemas das enchentes, e que é preciso abrir um novo concurso público para a contratação de profissionais para fiscalizar a cidade.

Líder do partido na Casa, a vereadora Silvia da Bancada Feminista (PSOL) cobrou planejamento urbano. Segundo ela, não são apenas os bueiros entupidos que causam as enchentes. “Tem a questão dos córregos, que precisam ser limpos, tem a questão das moradias em áreas de risco, que é preciso ter plano de moradia habitacional de interesse social para estas ocupações, porque não dá para tirar as pessoas das ocupações e não oferecer moradia”.

O vereador Antonio Donato (PT) também avalia que majorar o valor das infrações não vai resolver o problema das enchentes. De acordo com o parlamentar, é necessário estruturar as subprefeituras e elaborar ações estratégicas para fiscalizar os despejos irregulares. “Como vai fiscalizar? Quais são as outras ações para melhorar a zeladoria da cidade? Vamos discutir globalmente o problema, e não ficar pinçando uma solução mágica que não existe. E essa não é solução nenhuma”.

Já o vereador Camilo Cristófaro (AVANTE) sugeriu aprimorar a Lei 16.871, de 15 de fevereiro de 2018, criada por ele. A norma também trata do descarte irregular. “A lei que eu levei naquele momento ao (então) prefeito João Doria era R$ 16 mil (o valor da multa) para o primeiro descarte e R$ 32 mil para o segundo descarte”.

Camilo disse ainda que a norma previa a apreensão por seis meses do caminhão utilizado para o despejo, bem como uma punição ao motorista, que ficaria dez anos sem prestar serviços na cidade de São Paulo. Porém, segundo o vereador, o ex-prefeito vetou os itens que tratavam do recolhimento do caminhão e da suspensão do funcionário que dirigia o veículo”.

Próxima sessão

Nesta quinta-feira (9/3), às 15h, no Plenário da Câmara Municipal de São Paulo, o Parlamento paulistano realizará uma Sessão Solene para comemorar o Dia Internacional das Mulheres, celebrado em 8 de março. A solenidade está prevista na Resolução n° 1, de 8 de novembro de 2000.

Por conta da homenagem às mulheres, a próxima Sessão Plenária está convocada para terça-feira (14/3) da semana que vem, às 15h. A Câmara Municipal de São Paulo transmite a sessão, ao vivo, por meio do Portal da Câmara, no link Plenário 1º de Maio, do canal Câmara São Paulo no YouTube e do canal 8.3 da TV aberta digital (TV Câmara São Paulo).

Assista à Sessão Plenária de hoje.

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