RenattodSousa/CMSP
Em visita à Câmara Municipal nesta terça (30/4), o secretário de Desenvolvimento Urbano da cidade, Fernando de Mello Franco, respondeu a perguntas de parlamentares e afirmou que o novo Plano Diretor levará em conta as demandas e sugestões da população, não sendo uma mera emulação do Arco do Futuro, proposta de campanha do prefeito Fernando Haddad.
O secretário disse que o Arco do Futuro é uma proposta que será avaliada e aprimorada pela população durante as audiências públicas que estão sendo realizadas. Temos sim uma visão de cidade, temos ideias que estão contidas no plano de governo. Mas o plano diretor é muito mais que isso, declarou Franco.
A declaração foi uma resposta a uma crítica do vereador Ricardo Young (PPS). Temos operações urbanas em andamento, um Arco do Futuro pré-desenhado, mas o senhor diz que não há um Plano Diretor pré-definido?, questionou o parlamentar.
Na opinião de Nabil Bonduki (PT), a ideia de modificar a ocupação territorial da área ao longo da Marginal Tietê e da Jacu Pêssego, base do Arco do Futuro, encontra apoio na população. Não vejo ninguém dizendo que essa região, que é uma região de baixa densidade de ocupação, não precisa ser reorganizada.”
Outra crítica partiu do líder do PSDB, Floriano Pesaro, que qualificou como um erro não levar em conta as discussões do processo de revisão iniciadas pela gestão Kassab, em 2007. Ele também lamentou que o processo de audiências públicas esteja sendo conduzido pela Prefeitura, e não pela Câmara. “O debate do plano diretor tem que estar aqui na casa, não no Executivo”, argumentou.
Já o líder do PT, Arselino Tatto, lembrou que o Projeto de Lei enviado por Kassab à Câmara não avançou por causa de uma batalha jurídica. Diversas decisões judiciais consideraram ilegal o processo de participação popular realizado pela Prefeitura. Inúmeras entidades, juntamente com o Ministério Público, questionaram as discussões, as plenárias feitas naquela época, disse o petista.
(30/04/2013 17h07)