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Área com rejeito nuclear deverá estar descontaminada em 2 anos

28 de novembro de 2012 - 12:34

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A descontaminação do terreno na Zona Sul de São Paulo onde funcionou a Nuclemon, hoje Indústrias Nucleares do Brasil (INB), deve levar mais dois anos. Esse foi o anúncio do diretor da indústria, Valter Mortágua, em reunião da Comissão de Meio Ambiente nesta quarta-feira. Desde o ano passado, o colegiado busca a retirada definitiva dos rejeitos nucleares do local, que fica próximo a um condomínio residencial e ao templo católico Mãe de Deus.

Mortágua apresentou o plano de descontaminação da área, em execução desde julho de 2010, e reconheceu que o cronograma está atrasado, porém atribuiu a demora ao volume de chuvas, que impede as atividades no terreno, e à própria inexperiência da INB no trabalho que, segundo o diretor, é inédito na América Latina.

De acordo com Mortágua, dos 60 mil m² do terreno da antiga Nuclemon, 18 mil já estão na fase final de caracterização, aguardando o resultado das últimas análises, e 5 mil já estavam descontaminados no ano passado. Entretanto, estão espalhados em 30 mil m² focos de contaminação, além do galpão de 2 mil m² onde são armazenados os rejeitos nucleares enquanto não há uma destinação definitiva.

Apesar da descontaminação ainda estar em curso, Mortágua garantiu que a população do entorno e os transeuntes não correm riscos. Todo o material removido é areia monazítica, de baixa atividade específica, disse o diretor da INB, que comparou a região com a praia de Guarapari, no Espírito Santo, que é utilizada por banhistas e também possui solo com materiais radioativos, em concentração maior do que na indústria desativada.

Mortágua ainda criticou o preconceito que a indústria nuclear sofre. Muita gente divulga negativamente, e aí ficamos marcados pelas bombas atômicas, Chernobyl, Fukushima, quando na verdade é muito mais, disse. O presidente da Comissão de Meio Ambiente, Gilberto Natalini (PV), porém, reforçou que os rejeitos devem deixar o terreno em Jurubatuba.

É uma questão de ecologia e de saúde pública, e estamos trabalhando para que a Comissão Nacional de Energia Nuclear encontre um local definitivo, anunciou o parlamentar, que criticou o órgão do Congresso por postergar a construção de um depósito específico para esse tipo de material para 2019, em vez do prazo inicial, que era 2015.

(28/11/2012 – 12h34)

 

 

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