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Artigo: A hora é de salvar vidas e proteger os mais vulneráveis

17 de abril de 2020 - 11:19

Vereador Alessandro Guedes (PT)

Em estudo recente, o laboratório Medida SP, de visualização urbana,  lançou mapa interativo com base no último censo do IBGE que derruba por terra a proposta do presidente Jair Bolsonaro de isolamento vertical como medida de controle de contágio por coronavírus. O levantamento aponta que mais de 25% dos moradores da Região Metropolitana de São Paulo vivem em domicílios com mais de duas pessoas por dormitório, principalmente nas regiões periféricas.

Tal medida, que prevê o resguardo somente de grupos de risco – pessoas acima de 60 anos e com comorbidades – não leva em conta a desigualdade social do país e o apartheid socioeconômico das metrópoles. Exemplo: enquanto no Itaim Bibi, em São Paulo, só 2% dos domicílios tem mais de duas pessoas por quarto, em Paraisópolis salta para 44%.

Mas como preservar a vida da população de baixa renda em meio à guerra contra o Covid-19, quando é preciso garantir o sustento da família e não existe a opção “ficar em casa” – recomendação da Organização Mundial de Saúde como único remédio por hora para conter a disseminação do vírus?

Nossa linha sempre foi, tem sido e será pautar a discussão com foco na área social. Por isso, a bancada do Partido dos Trabalhadores reivindica que a Lei de Renda Básica do vereador Eduardo Suplicy seja implementada na cidade de São Paulo, pois temos de pensar no pós-crise sanitária. Defendo o complemento por parte da Prefeitura da renda emergencial de R$ 600 liberada pelo Governo Federal – dinheiro em caixa existe.

É preciso fortalecer o pequeno empreendedor da periferia – barbeiro, ambulante, boleira, manicure, cabeleireira etc. Agora não é hora de pensar em obras e sim de cuidar de gente. As pessoas precisam se alimentar, ter tranquilidade para superar essa crise e se preparar para a pós-pandemia.

Nós vereadores aprovamos corte no orçamento do Legislativo de R$ 38 milhões para transferir recursos aos cofres da Prefeitura, a fim de investir em ações de combate ao coronavírus, priorizando as áreas da saúde e assistência social. Contudo, é preciso ir além. Infelizmente, a fome já voltou à periferia e medidas urgentes se fazem necessárias pelo Poder Público de nossa cidade.

Entre as iniciativas emergenciais, defendo:

– o fortalecimento do Terceiro Setor, a garantia da alimentação das famílias de baixa renda neste período;

– auxílio financeiro as famílias paulistanas;

– distribuição de álcool em gel e máscaras e

– ações junto a Sabesp, ENEL e empresas de telefonia neste instante para evitar que famílias mais humildes sejam ainda mais penalizadas com cortes no abastecimento de serviços essenciais.

 

Vereador Alessandro Guedes (PT) – 1° secretário

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