VEREADOR RICARDO TEIXEIRA (DEM)
Ultimamente, muitas pessoas têm discutido um mesmo assunto: o “Novo Normal: vida após pandemia”. Como serão os relacionamentos entre as pessoas, trabalho e consumo.
Eu tenho refletido muito sobre isso e penso que esse isolamento foi muito cruel e demonstrou que vivemos em um grande abismo de diferenças sociais. As pessoas que viviam à margem da sociedade – antes invisíveis pela correria do dia a dia – começaram a aparecer aos nossos olhos e, pudemos enxergar o quanto os mais pobres sempre sofreram e, o quanto nossas ações nunca foram suficientes, ou até mesmo irrisórias; frente ao caos instaurado.
Nós conseguimos ver, também, o quanto matamos a natureza todos os dias. Ao ficarmos em casa, isolados, produzindo menos poluição, agredindo menos o meio ambiente, a Terra começou a se regenerar. A beleza do pôr do sol e das nuvens puderam ser vistas; e até a camada de ozônio se restabeleceu.
Ao mesmo tempo, também, vimos o quanto a saúde é importante e como os profissionais foram abnegados e deixaram suas próprias famílias para salvar milhares de outras desconhecidas.
Passamos a lembrar do ato básico que fazemos, sem perceber, e, automaticamente, desde que nascemos: respirar. Inspirar e expirar sem dificuldade, sem dor, faz toda a diferença em nossa vida.
Por fim, sentimos muita falta de um gesto simples: um abraço, e tivemos de aprender a falar com o olhar. Os nossos olhos passaram a transbordar toda a nossa gratidão que cabia em um abraço.
Deixo aqui uma pergunta: Será que existe mesmo um “normal”? Pense nisso.