VEREADOR GILBERTO NATALINI (PV)
O novo coronavírus chegou como uma onda, uma nuvem de contaminação, que em poucos meses se espalhou por todo o planeta, alcançando diversos países, de forma rápida, aguda, agressiva e mortal.
A cidade de São Paulo, a 5ª maior do mundo, foi atingida em cheio a partir de fevereiro de 2020, chegando a mais 150.000 casos confirmados e mais de 7000 óbitos, números certamente subnotificados.
Diante da Covid-19, a cidade buscou se organizar como pôde para enfrentar a doença. Instalou-se o isolamento social, com o fechamento das atividades econômicas e sociais, mantendo-se somente as essenciais, tanto no serviço público, quanto no privado.
Na área de atenção à saúde, a cidade está tendo uma performance satisfatória, rápida e eficiente, no acolhimento, internação e tratamento dos pacientes. As falhas são conhecidas. A falta de testagem massiva, por exemplo, foi uma falha grave. A pressão sobre os profissionais de saúde é imensa, e a deficiência de EPIs, no início da crise, também.
Foi motivo de nossa solicitação para prover EPIs e um bônus salarial para os profissionais de saúde, o que acabou saindo, mas só para os funcionários da administração direta, deixando de fora os das Organizações Sociais, que são metade da rede de saúde do município.
Eu insisti muito para que a Prefeitura, em parceria com o Governo do Estado, pudesse fazer uma ampla distribuição de cestas básicas (alimentos e materiais de higiene), para os mais carentes. Foram distribuídas até hoje cerca de 600 mil cestas na cidade.
Insisti também para a reabertura de Frentes de Trabalho para a zeladoria urbana e a criação de um crédito municipal (a exemplo do Banco do Povo), com juros baixos, para micro, pequenos e médios empreendedores, com dinheiro público. Infelizmente não aconteceu. A Prefeitura e o Estado alegaram grande perda de arrecadação e não tomaram essas medidas.
O crédito dos bancos privados, a partir de R$ 1,3 trilhão, que o Governo Federal passou para eles, está tendo imensa dificuldade para chegar em quem realmente precisa.
Dessa forma, o Brasil terá muito mais dificuldade do que outros país, na recuperação econômica. O Governo Federal até hoje não liberou os R$ 8,1 bilhões que o Congresso aprovou para socorrer os Estados e Municípios. Assim fica muito difícil.
Agora, diante da diminuição de número de casos e de mortes, e o alívio dos leitos hospitalares, São Paulo começa seu plano de reabertura. Acompanho isso muito de perto, fiscalizando não só cada centavo gasto pelo poder público nesse período, mas também cada passo dado, seja no atendimento à saúde, como também nas medidas da reabertura econômica. Aponto os erros e sugiro correções de rumo.
Por nossa iniciativa, foi criado o Comitê Civil contra o Coronavírus, coordenado pela Câmara Municipal de São Paulo, que tem sido atuante, com seus mais de 200 parceiros, tanto no esclarecimento da população, como na solidariedade humana tão necessária.
Não se sabe com certeza como esse vírus vai se comportar, mas é possível que tenhamos um novo aumento de casos. Devemos estar preparados para todos os cenários. Trabalhar muito e jamais perder a esperança.
*Gilberto Natalini – Médico, Ambientalista e Vereador – PV/SP
Olá me chamo Talita sou funcionária da Associação saúde da Família, trabalho na linha de frente junto aos meus amigos contra o corona vírus.
Gostaria de saber porque até hoje nós não
recebemos o bônus que o Prefeito Bruno Covas aprovou para os profissionais da saúde.?
Isso é muito injusto e triste.
Eu já peguei covid, varios amigos meus pegaram também. Por favor nos ajude.