É inegável que o plástico trouxe vantagens à economia e à vida cotidiana. A praticidade das embalagens nos deu facilidades e reduziu o desperdício de alimentos. Há, porém, um custo ambiental. Recente reportagem de “O Estado de S. Paulo” apresentou pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) que aponta que o plástico fragmentado em micropartículas se aloja em nossos pulmões e pode causar doenças.
Antes de saber seus males diretos para a saúde, já sabíamos que o plástico que consumimos aqui causa prejuízos à vida marinha. O Canadá, por exemplo, está banindo o plástico de uso único, declarado resíduo tóxico. Aqui na América do Sul, o Chile caminha na mesma direção.
Em 2018, apresentei ao prefeito Bruno Covas o “Compromisso Global da Nova Economia do Plástico”. No ano seguinte, São Paulo se tornou a primeira cidade do hemisfério Sul a assinar o documento. Em meu mandato, elaborei leis no sentido de banir o plástico de uso único.
Sancionadas, aguardam regulamentação. Vivemos uma pandemia e os empresários não podem rever com facilidade suas cadeias logísticas, mas já se sensibilizam com o tema e buscam alternativas.
Em meu papel de legislador, tenho a obrigação de provocar discussões para indicar novos caminhos à sociedade. Assim o fiz ao propor leis para banir o plástico de uso único, algo adotado por mais de 60 países. A partir de ação local, contribuímos para uma solução global. Sigamos.