Yuri Salvador | REDE CÂMARA SP Seguindo o cronograma da semana, o Plenário da Câmara Municipal de São Paulo abriu a Sessão Ordinária desta quarta-feira (2/8) para os vereadores se manifestarem sobre assuntos de livre escolha. Os trabalhos foram conduzidos pelo 2° vice-presidente da Casa – o vereador André Santos (REPUBLICANOS).
Assim como na sessão de ontem, a assistência social e os direitos humanos voltaram a ser tema de discurso nesta tarde. O líder do governo na Câmara, vereador Fabio Riva (PSDB), destacou a inauguração de um centro assistencial na Praça da Sé, ao lado da Catedral, na região central da cidade. O serviço foi criado por meio de uma parceria entre os governos municipal e estadual para atender pessoas em situação de rua.
“O governo do Estado, através da Secretaria (Estadual) de Desenvolvimento Social, fez um investimento de R$ 1,3 milhão na adequação do espaço que comporta 50 pessoas – como famílias em situação de rua, idosos e pessoas com deficiência. Essa demanda toda é direcionada pela Prefeitura de São Paulo, pela Secretaria (Municipal) de Assistência Social”, disse Riva.
Fabio Riva explicou ainda que o local atende população de outras nacionalidades e Estados. “O que mostra o quanto a cidade de São Paulo é acolhedora”. O parlamentar também informou que este serviço é por tempo determinado. “É provisório da Operação Frente Fria. Tem prazo para começar e terminar”.
Já o líder do PT na Casa, vereador Senival Moura (PT), utilizou o tempo de cinco minutos para falar de direitos humanos. Ele se posicionou sobre as últimas operações policiais realizadas na Cracolândia, no centro da cidade, para conter os dependentes químicos que ficam na região. Senival leu uma nota da bancada do Partido dos Trabalhadores criticando a repressão da polícia e cobrando das administrações municipal e estadual a criação de políticas públicas eficientes.
“Ao longo desses anos ficou demonstrado – pela experiência prática e pelos estudos científicos – que o uso da repressão policial não é efetivo, não combate o problema. O uso de políticas públicas de saúde e assistência social, por outro lado, se mostra mais eficaz. Porém, exige a construção de vínculos entre profissionais e usuários, bem como o respeito e a singularidade destes”, falou Senival Moura.
A saúde foi outro assunto tratado na sessão desta quarta-feira. O vereador Bombeiro Major Palumbo (PP) ressaltou a nova estrutura do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) da capital paulista. “Recebeu 42 novas ambulâncias na cidade. Ambulâncias que vão atender à população de uma maneira muito digna e rápida”. Palumbo acrescentou dizendo que o Samu “vem atendendo às demandas da cidade, inclusive lá na região da Santa Ifigênia, na região da Cracolândia”.
Ainda sobre a área da saúde, o vereador Celso Giannazi (PSOL) chamou a atenção para o crescente número de casos e mortes por dengue. “Desde 2016, não temos tantos casos e tantas mortes na cidade de São Paulo”. O parlamentar aproveitou o espaço para cobrar mais investimentos para combater a doença – transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
Giannazi apresentou um gráfico mostrando os valores destinados ao enfrentamento da dengue de 2013 a 2023. De acordo com os números, em 2013 foram investidos aproximadamente R$ 160 milhões; enquanto neste ano, cerca de R$ 80 milhões. Para o vereador, a Prefeitura da capital tem “R$ 36 bilhões guardados no caixa, com R$ 1,7 bilhão em juros no primeiro quadrimestre deste ano, e temos gente morrendo de dengue na maior cidade da América Latina”.
Próxima sessão
A próxima Sessão Plenária está convocada para terça-feira (8/8) da semana que vem, às 15h. A Câmara Municipal de São Paulo transmite a sessão, ao vivo, por meio do Portal da Câmara, no link Plenário 1º de Maio, do canal Câmara São Paulo no YouTube e do canal 8.3 da TV aberta digital (TV Câmara São Paulo).
Assista à Sessão Plenária de hoje.
