RenattodSousa / CMSP
Fundada em 1933 por jornalistas e intelectuais paulistanos, a Associação Paulista de Imprensa (API) completa 80 anos de existência prezando pela valorização da liberdade de imprensa e do trabalho jornalístico. Nesta quinta (17/10), o aniversário da entidade foi celebrado em uma sessão solene na Câmara Municipal.
O evento foi presidido pelo vereador Nelo Rodolfo (PMDB), que tem uma longa carreira de radialista, tendo passado pelas emissoras Jovem Pan, CBN e Excelsior. O jornalista é o retratista da vida, aquele que tenta mostrar a realidade do dia-a-dia para a sociedade, então eu fico feliz em poder participar dessa homenagem, declarou o peemedebista antes do evento.
Um dos presentes ao evento, o empresário João Monteiro Neto, diretor-executivo da Rede Vida, também elogiou a entidade. Toda unidade que busca a valorização do jornalismo livre e independente é uma grande colaboradora da sociedade brasileira. E a ABI faz tem trabalhado muito para exercer esse papel.
Para o presidente da API, Sérgio Redó, a profissão enfrenta grandes desafios na atualidade. Apesar de teoricamente vivermos em um Estado livre da censura prévia, não é incomum que decisões judiciais impeçam a publicação de notícias por veículos de comunicação.
O Brasil também é um dos países mais perigosos para o exercício da profissão segundo o Comitê para a Proteção de Jornalistas (CPJ). Em seu último relatório, a organização internacional contabilizou quatro mortes relacionadas ao exercício do jornalismo.
Esse é um problema seriíssimo, é um problema de segurança pública. Nós estamos constituindo um bom departamento jurídico para proteger os jornalistas e suas famílias, garantiu Redó. Quanto mais forte estiver o nosso, segmento, menos problemas vamos ter.
Durante a sessão, diversos jornalistas de renome receberam diplomas de gratidão pelos serviços prestados à imprensa paulista. Entre os homenageados estavam Goulart de Andrade, José Neumanne Pinto, Percival de Souza e Salomão Ésper.
Um dos nomes mais conhecidos do radialismo paulistano, Salomão Ésper lembrou em sua fala que é preciso sempre estar atento para garantir a liberdade de expressão no jornalismo. Nos dias de normalidade, é bom que esta luta não seja afrouxada, porque ela corre riscos permanentes. Se a gente se submete, com certeza é garroteado.
(17/10/2013 22h05)