RenattodSousa
Para Allyson Pinheiro, pentacampeão paulista de jiu-jitsu e praticante do esporte há 17 anos, ser reconhecido fora do tatame como atleta é especial e glamouroso. Eu era um garoto franzino e tímido. O jiu-jitsu ajudou a desenvolver o meu físico, mas o que eu considero mais importante é que o caráter se fortalece, ganhei autoconfiança que nunca tive, diz o atleta, que também é professor da modalidade.
Pinheiro foi um dos atletas que participaram da sessão solene que homenageou praticantes dessa modalidade esportiva na Câmara Municipal de São Paulo nesta segunda-feira. A premiação acontece todos os anos desde que o vereador Aurélio Miguel (PR) instituiu o Dia do Jiu-Jitsu, em 2008. Mais de 300 medalhas foram entregues a professores e atletas que se destacaram durante o ano de 2011, e diplomas para os detentores de faixas e seus respectivos graus (a faixa preta, por exemplo, pode ter até sete graus, dependendo do desempenho de quem o pratica), além de 21 troféus para as academias que tem, entre seus integrantes, mais atletas vitoriosos em competições.
Otávio de Almeida Junior, presidente da Federação Paulista de Jiu-Jitsu, comemorou os mais de 30 mil atletas registrados na associação e lembrou da história da esporte que nasceu na Índia, migrou para a China, passou pelo Japão e chegou ao Brasil no início do século passado. Mitsuyo Maeda, conhecido como conde Koma, praticante de artes marciais, estabeleceu-se em Belém do Pará em 1914, e abriu uma academia. Lá, conheceu Gastão Gracie, que levou seus filhos para treinar com Maeda e aprender aquele estilo de luta. Ali nascia o jiu-jitsu brasileiro, que foi adaptado para a compleição física de Hélio Gracie, filho de Gastão, e um dos primeiros mestres a se graduar nessa arte. Crescemos muito e o dia que chegarmos às Olimpíadas traremos muitas medalhas de ouro, promete Almeida Junior, o mestre Otávio.
Faz cinco anos que prestamos essa homenagem e a cada ano que passa o esporte se fortalece, leva o nome de nosso país para fora e traz resultados positivos. A nossa luta agora é fazer com o que esporte possa ser praticado em mais países. Nos Estados Unidos já é uma febre, diz o vereador Aurélio Miguel (PR), proponente da homenagem e campeão olímpico de judô.
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(03/09/2012 21h15)