pixel facebook Pular para o conteúdo Pular para o rodapé Pular para o topo
Este é um espaço de livre manifestação. É dedicado apenas para comentários e opiniões sobre as matérias do Portal da Câmara. Sua contribuição será registrada desde que esteja em acordo com nossas regras de boa convivência digital e políticas de privacidade.
Nesse espaço não há respostas - somente comentários. Em caso de dúvidas, reclamações ou manifestações que necessitem de respostas clique aqui e fale com a Ouvidoria da Câmara Municipal de São Paulo.

Atletas defendem benefícios da dieta vegana

Por: DOUGLAS MATOS - DA REDAÇÃO

10 de novembro de 2017 - 21:44

André Bueno/CMSP

Debate sobre esporte e veganismo ocorreu na Câmara de São Paulo

Eles ainda são minoria, mas muito engajados. E esperam convencer cada vez mais competidores a entrarem para o time do ativismo no esporte.

Embora ainda não haja uma pesquisa ampla sobre o número de atletas veganos, já existe uma sensação nítida de que o movimento de esportistas avessos a alimentos de origem animal está crescendo no País, principalmente entre os mais jovens.

É o caso do lutador de Jiu-jitsu Wellington Alex. Aconselhado por uma amiga, abandonou há oito meses os antigos hábitos à mesa para se tornar um adepto convicto do veganismo. Contrariando os que apostavam em uma queda de rendimento, hoje ele se orgulha de ter ido além das próprias expectativas.

“Eu mesmo tinha preconceito, mas por falta de informação. Mas com o veganismo consegui ser campeão mundial na minha categoria (até 57,5 kg), disse.

André Bueno/CMSP

Wellington Alex

Wellington se refere ao título conquistado em Abu Dhabi no fim de abril, quando ainda tinha pouco mais de um mês de experiência com a nova dieta. Questionado sobre as dificuldades de adaptação, ele foi enfático. “O veganismo funciona pela ética e compaixão. Ao entender isso, mudei do dia para a noite e nunca mais senti vontade de comer nada que comia antes”.

O discurso do jovem lutador se encontra com a principal linha argumentativa do movimento vegano: a de que a mudança alimentar passa, sobretudo, por valores éticos e morais, priorizando o respeito às outras formas de vida.

Em contraponto aos vegetarianos, os veganos recusam qualquer coisa que envolva os animais, incluindo roupas, cosméticos e até medicamentos.

A necessidade cada vez maior de difundir essa mensagem motivou um encontro nesta sexta-feira (10/11), na Câmara Municipal de São Paulo. O evento ‘Esporte e veganismo: Mitos, verdades, ética e performance’ foi realizado em alusão ao Dia Mundial Vegano, comemorado em 1º de novembro.

André Bueno/CMSP

Márcio Alexandre

De acordo com um dos organizadores e vice-presidente do Instituto Surya Solidária, Marcio Alexandre Gomes Moreira, o objetivo foi mostrar que é possível ter uma saúde muito boa e um rendimento esportivo satisfatório com alimentação isenta de origem animal.

“Viemos aqui falar para as pessoas, para a comunidade, sobre a importância de uma boa alimentação e de que forma isso influencia no desempenho de um atleta, seja amador ou profissional”.

O nutricionista Eduardo Corassa, escritor e palestrante, é crudívero há 11 anos. Ou seja, se alimenta apenas de frutas e vegetais crus. Para ele, apesar da carência de estudos científicos mais extensos, já é possível afirmar que a dieta sem origem animal é completamente benéfica.

André Bueno/CMSP

Eduardo Corassa

“A gente sabe por dados clínicos que uma dieta vegana é mais rica em nutrientes e menos patogênica, porque tem menos toxinas e nutrientes não desejados, como o excesso de colesterol, gordura saturada e substâncias associadas a doenças crônicas degenerativas. Além disso, veganos também tendem a comer mais frutas e vegetais”, afirmou.

Ainda de acordo com o nutricionista, a adaptação do organismo a uma mudança definitiva na dieta costuma ocorrer sem problemas.

“Algumas pessoas podem passar por alguma dificuldade mais na questão social ou de compreensão da dieta. Mas o que a gente sabe é que o aumento no consumo de frutas e vegetais reduz a fadiga muscular, melhora a recuperação e acelera a retomada da taxa basal de respiração e batimento cardíaco. Então, pelo que observo entre atletas, a adaptação só vem com benefícios”, afirmou.

Corassa lembrou, no entanto, que a única recomendação para quem decidir trocar a alimentação convencional pela vegana é a suplementação de vitamina B12, mas dependendo de cada caso e sob orientação de um profissional.

O evento, realizado na Sala Sérgio Vieira de Melo (1º SS), teve o apoio do gabinete do vereador Alessandro Guedes (PT).

Outras notícias relacionadas

Ícone de acessibilidade

Configuração de acessibilidade

Habilitar alto contraste:

Tamanho da fonte:

100%

Orientação de acessibilidade:

Acessar a página Voltar