A quinta audiência pública realizada para discutir o Projeto de Lei (PL) 723/2015, que trata da Operação Urbana Bairros do Tamanduateí, foi realizada nesta terça-feira (17/5), na Câmara Municipal, e teve como tema principal as intervenções ao meio ambiente previstas no projeto. A população presente pediu mais fiscalização na realização das ações ambientais e alternativas para evitar as desapropriações.
De acordo com o diretor da SP Urbanismo, Gustavo Partezani, a proposta tem objetivo de mitigar problemas causados por áreas contaminadas, áreas de alagamento e áreas de várzea e pelas chamadas ‘ilhas de calor’. Segundo o diretor, foram mapeadas cerca de 100 áreas contaminadas que devem receber tratamento. “Cada setor foi pensado para receber áreas verdes com arborização, drenagem e descontaminação do solo. O projeto tem a meta de transformar o solo da região com responsabilidade ambiental e sustentabilidade”, disse.
A conselheira do CADES (Conselho Regional de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Cultura de Paz) de Santo Amaro, Silvia Leite, foi uma das participantes da audiência que pediu monitoramento na realização da construção dos parques previstos. “São parque muitos importantes e precisam ser monitorados para que realmente os moradores tenham a certeza, por parte do poder publico, de terem essas reposições ambientais efetivadas”, afirmou.
O secretario municipal de Desenvolvimento Urbano, Fernando de Melo Franco, ressaltou que o monitoramento será fortalecido através do controle social da população. “Nossa gestão tem fortalecido o sistema de transparência, que é muito importante para o fortalecimento do controle social de todas as ações públicas, e com a Operação Urbana Bairros do Tamanduateí não será diferente. O PL prevê a constituição de um conselho gestor com participação paritária. Uma das atribuições desse conselho será exatamente estabelecer as prioridades das ações. Além da criação de uma nova instância de gestão, que é uma empresa especifica com foco na operação, ela será inclusive alocada no território da operação, justamente para ter um canal de diálogo com todos os agentes da região. E com isso fortalecemos os mecanismos de monitoramento”, explicou.
Representantes do movimento SOS Silveira da Mota, formado por moradores que querem impedir as desapropriações previstas para o território, pediram alternativas para evitar as demolições e construção dos parques em áreas já desocupadas na região. “É um megaprojeto que vai valorizar muito a região, mas peço que pensem em alternativas para que nossas casas não sejam demolidas. Não consigo mais dormir pensando que devo ter que sair da minha casa, é desesperador”, afirmou a moradora Benedita Goes.
“Através das audiências públicas estamos buscando construir alternativas para ver se conseguimos manter os objetivos do projeto, mas sem criar traumas para as pessoas que estão se manifestando e colocando claramente o pesadelo que estão passando. E assim teremos no final um relatório que possa atender a essas pessoas”, destacou o relator do projeto, vereador Dalton Silvano (DEM).
A audiência pública realizada pela Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente da Câmara foi presidida pelo vereador Gilson Barreto (PSDB) e acompanhada pelo vereador Paulo Frange (PTB).
Veja galeria de fotos do evento:
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