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A Câmara Municipal realizou nesta quarta-feira (13) uma audiência pública para debater a contratação das chamadas fábricas de software pela Secretaria de Finanças do município. O evento foi convocado pela Secretaria de Trânsito, Transporte, Atividade Econômica, Turismo, Lazer e Gastronomia.
Para o vereador Aurélio Nomura (PSDB), que presidiu a audiência, pairam suspeitas de que esse processo esteja usurpando a competências da Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município (Prodam). Existem alguns serviços que são de contratação específica da Prodam, até por questão de sigilo, e o que a gente verifica é que mesmo assim estão sendo passadas para fábricas de software, afirmou o parlamentar.
O secretário-adjunto de finanças do município, George Tomin, justificou a contratação de instituições privadas por conta de prazos e requisitos técnicos que a empresa municipal não teria condições de cumprir. A Prodam, assim como outras empresas do setor público, tem dificuldades em relação a contratação de pessoal e processos licitatórios. Infelizmente, a iniciativa pública tem algumas limitações que o sistema privado não tem, declarou.
O diretor de participação da Prodam, Manoel Pacífico, discorda das declarações de Tomin. Para ele, o processo de terceirização tem custado mais caro aos cofres públicos, pois a companhia do município já teve que assumir projetos mal executados por empresas contratadas pela secretaria.
O secretário-adjunto admitiu os problemas em algumas licitações no passado, mas garantiu que as novas concorrências estão mais seletivas e tais casos não ocorrerão novamente. O presidente da Prodam, Luiz César Michielin, também defendeu o modelo das fábricas de software, afirmando que os novos contratos são supervisionados pela própria companhia.
(13/06/2012 21h30)