A Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente realizou nesta quarta-feira uma audiência pública para discutir a situação do Shopping Center Norte, que entrou para a lista de áreas contaminadas críticas da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) em razão da existência de gás metano no subsolo, e dos demais empreendimentos localizados no entorno, como o Lar Center, Expo Center Norte e Terminal do Tietê.
Para o vereador Paulo Frange (PTB), o tema deve ser tratado com responsabilidade para que o problema não tome dimensões maiores do que realmente é. “Está saindo muita informação a respeito disso, mas temos que filtrar para saber qual é a real situação”, ponderou. “Estamos tratando de uma atividade econômica muito importante na cidade de São Paulo, de um polo gerador de empregos, que, aliás, é o maior da Zona Norte”, acrescentou.
O vereador Juscelino Gadelha (PSB), autor do pedido para que a audiência desta quarta-feira fosse realizada, propôs que a Cetesb e a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente realizem um levantamento para saber se a existência de gás metano no subsolo se estende para a área residencial da região da Vila Maria e Vila Guilherme. “Estamos concentrando todos os esforços no Center Norte, mas precisamos saber também a situação das residências”, disse.
Representando a Cetesb, o geólogo Elton Gloeden, gerente do Departamento de Áreas Contaminadas, explicou que o primeiro passo é verificar com que material as áreas próximas ao shopping foram aterradas no passado. Segundo ele, foi a partir de um trabalho acadêmico que descobriu-se que o terreno onde hoje funciona o Center Norte foi aterrado com lixo o espaço era um antigo depósito de resíduos.
Paulo Frange novamente ponderou que “é importante não alarmar” sobre a eventual existência de metano em outras localidades da Zona Norte. “Antes de qualquer coisa, é necessário fazer um estudo de investigação do solo, o que não significa que outras áreas tenham a mesma situação do Center Norte”, disse.
(28/09/2011 – 13h21)